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Dilmar questiona intenção de CPI contra Eraí Maggi

Deputado criticou ''rapidez'' de instalação da comissão contra aliado de Pedro Taques

Agência da Notícia com Mídia News

22/10/2014 - 15:35

 O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM)questionou a criação da CPI que irá investigar um suposto esquema de fraudes e simulação de transações comerciais envolvendo a Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), ligada ao empresário Eraí Maggi (PP).

Para o parlamentar, a comissão proposta pelo deputado estadual José Riva (PSD) foi instalada com uma “estranha rapidez”.

“É uma CPI tardia, que apareceu só depois das eleições, após as doações do Eraí ao Pedro Taques. A CPI teve 10 assinaturas e nós vamos acatar e iremos participar da composição. E vamos investigar, também, se teve informação privilegiada que partiu de dentro do Governo”, afirmou.
"Nós estamos há meses querendo montar uma CPI para o Fethab e Trimec e, até hoje, não teve as assinaturas suficientes em todas"
Segundo Dilmar, há outras denúncias envolvendo o atual Governo que também precisam ser investigadas, como as ligadas ao mau uso do Fethab e as possíveis irregularidades de empreiteiras que fizeram obras em Cuiabá e Várzea Grande.

“Nós estamos há meses querendo montar uma CPI para o Fethab e Trimec e, até hoje, não teve as assinaturas suficientes em todas. E nós tínhamos relatos e informações de irregularidades e mesmo assim não conseguimos instalar com a mesma rapidez que foi criada a CPI proposta pelo Riva”, disse.

“Tínhamos indícios fortes de favorecimento. É só pegar entrevistas anteriores e ver que o Riva havia dito que também queria investigar, que havia membros do próprio PSD que iriam assinar, e de repente não conseguimos as assinaturas suficientes. em algumas dessas CPIs”, afirmou.

Para Dilmar, a partir de 2015, o Estado irá passar por uma profunda investigação de todas as atividades desenvolvidas pelo governador Silval Barbosa (PMDB). Ele não descarta a tentativa de emplacar as CPIs que não tiveram assinaturas suficientes.

“Mato Grosso terá que passar uma grande investigação do que foi desenvolvido nos últimos anos. Várias empreiteiras, obras da Copa, VLT, Arena Pantanal...todas afundadas em denúncias de superfaturamento”, disse.

“O Fethab e o dinheiro que não vai na ponta na recuperação das MTs, só vem a fatura. Há um monte de denúncia e mesmo assim algumas comissões não foram criadas. Mas, talvez, na próxima legislatura poderemos instalar”, afirmou.

Alvo: Eraí

A CPI da Cooamat foi instalada na semana passada e irá investigar a Cooamat, que tem como sócio Eraí Maggi e parentes, além de funcionários do grupo Bom Futuro.

A suspeita é que a cooperativa é usada para operações fraudulentas que chegariam à R$ 500 milhões.

“As denúncias são graves, são mais de 200 procedimentos e infrações na Secretaria de Fazenda (Sefaz), por isso cabe a investigação. A simulação e fraudes precisam ser combatidos, pois somos cobrados pela sociedade. Daqui a pouco, criam centenas de cooperativas como essa, e o Estado não vai ter receita sequer para atender as suas demandas prioritárias”, disse Riva.

O prazo da CPI é de 90 dias, mas o parlamentar acredita que apenas 60 dias serão necessários para concluir as investigações.

“Queremos apurar fatos relacionados à constituição de cooperativas de fachada com vistas a fraudar o fisco estadual, mais especificamente na aquisição de insumos, combustível e etc, onde além de não pagar o diferencial de alíquota, se beneficiam indevidamente do crédito, lesando desta forma os cofres públicos”, diz trecho do requerimento.
 
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