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Pacientes criam grupo de apoio e se reúnem no Metropolitano

A iniciativa surgiu de uma paciente do Hospital e o grupo de apoio funciona como uma ação estratégica

Agência da Noticia com Mídia News

26/02/2015 - 16:10

 Cada um com seus motivos, todos com um propósito comum. Foi assim que começou o grupo Uma Nova Chance para a Vida, que reúne pacientes bariátricos do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, unidade da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT). A iniciativa surgiu de uma paciente do Hospital e recebe o apoio de toda a equipe do Centro de Atendimento ao Portador de Obesidade Grave (Capog).

Paciente bariátrica há dois anos, a secretária Zenaide Lopes, de 51 anos, conta que criou o grupo através do aplicativo whastapp e que atualmente ajuda 140 pessoas, entre pacientes que já foram operados, pacientes que estão no processo pré-cirúrgico e pessoas que desejam realizar o procedimento.

“Comecei o grupo no whatsapp como uma ajuda para enfrentar os desafios da mudança de vida depois da cirurgia de redução de estômago. Hoje somos amigos e indispensáveis um para as conquistas e vitórias do outro”, explicou Zenaide.

O grupo de apoio funciona como uma ação estratégica não só de motivação, mas também de discussão, troca de experiências e de informações importantes para o sucesso do tratamento. Compartilhando experiências e desafios, em grupo, eles se ajudam e interagem.

Além das discussões sobre assuntos que acabam afetando a saúde física e psicológica dos pacientes, o grupo tem também uma característica solidária. Por meio de doações de remédios, roupas, proteínas, entre outros, pacientes carentes são ajudados.

Para a psicóloga do Hospital Metropolitano que acompanha os pacientes do grupo, Larissa Ribeiro, os encontros são de extrema importância para o tratamento, principalmente na parte emocional e comportamental. “As discussões realizadas são enriquecedoras, como forma de diminuir as dúvidas e medos em relação a assuntos comuns como o quê e quanto comer, como lidar com perda de cabelo, dores, rejeição alimentar, entre outros”, afirma Larissa.

A médica ressalta que embora as discussões sejam positivas, os pacientes precisam sempre seguir as orientações da equipe médica que presta o atendimento, para evitar complicações no pós-operatório.

Os encontros não tem periodicidade, mas a idealizadora do grupo conta que sempre que possível se reúnem na casa de algum paciente ou no próprio Hospital, que já foi cenário de quatro encontros. Além disso, o grupo troca diariamente informações no aplicativo whatsapp.

Fila zerada

O Hospital Metropolitano de Várzea Grande é referência no combate à obesidade e o único no estado que realiza a cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde. Em 2014, foram realizadas 118 cirurgias e somente neste inicio de ano 24 cirurgias foram feitas na unidade. Atualmente não há fila de espera para as cirurgias.

O Hospital oferece toda estrutura para o paciente bariátrico inclusive serviços ambulatoriais de apoio ao diagnóstico. Encaminhado pela Central Estadual de Regulação, o paciente é acompanhado por uma equipe médica desde o primeiro atendimento passando por vários especialistas, como endocrinologista e nutricionista, até a cirurgia.

“O acompanhamento desse paciente continua no pós-cirúrgico por até dois anos, com psicóloga, nutricionista, nutróloga e cirurgião”, explicou a diretora de Assistência da unidade, Inês de Sousa Leite. Atualmente o hospital não dispõe de especialistas em psiquiatria e pneumologia, nesses casos o paciente é encaminhado para esses profissionais na rede de saúde.

A diretora informa que a próxima conquista para os pacientes bariátricos é o início das cirurgias plásticas reparadoras para os pacientes que atingiram a estabilidade no peso, dois anos depois do procedimento. A previsão é de que o Hospital Metropolitano comece a oferecer a cirurgia plástica ainda este ano.
 
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