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Avô de bebê achado em lixeira em MT visita neta e diz que a filha sumiu

Avô e tia alegaram que não sabiam que jovem estivesse grávida. Recém-nascido foi abandonado em lixeira na sexta-feira (22), em MT.

Agência da Noticia com G1 MT

25/05/2015 - 16:05

 A família da mãe que abandonou um recém-nascido em uma lixeira na frente da residência de um casal de idosos na sexta-feira (22), em Rio Branco, a 367 km de Cuiabá, procurou o bebê no hospital municipal da cidade, conforme a assistente social Lucimar Justino dos Reis, responsável pelo abrigo para onde a criança foi levada.

O avô e a tia do bebê alegaram que não sabiam o paradeiro da filha, que tem 20 anos, e também que não tinham conhecimento de que a jovem estivesse grávida. "Nós orientamos que eles procurassem a polícia. A mulher tem parentes em vários lugares, inclusive em Rondônia, e a família acredita que ela tenha deixado a cidade", contou. A jovem deve responder pelo crime de abandono de incapaz. Esse era o primeiro filho dela.

No entanto, nem o avô, nem a tia, que também tem uma criança, manifestaram interesse em ficar com o bebê, de acordo com a assistente social. A menina ficou internada até domingo (24), onde também recebeu acompanhamento do Conselho Tutelar, e depois foi levada para o abrigo.

A Polícia Civil informou que já existe a suspeita de quem seria a mãe do bebê, mas que ela ainda não foi localizada. A família dela também não procurou a polícia. "As investigações estão seguindo, mas não podemos dar detalhes para preservar as investigações", disse o delegado Carlos Bock, que apura o caso.

O policial militar Maurizon Gomes dos Santos, que foi chamado para atender a ocorrência no dia do abandono do bebê, contou que a suspeita é de que a mãe do bebê trabalhasse em uma casa próxima ao local onde a criança foi deixada.

"Ela teria tido a criança sozinha na casa. Ela chega no local por volta de 4h e na casa só estava a idosa que ela cuida. Ao ver a movimentação, ela teria fugido. Um vizinho sabia que ela estava grávida e depois disso ela sumiu e não voltou mais ao trabalho", disse o policial.

Em mais de 10 anos de profissão, Maurizon disse que não tinha atendido um caso tão deprimente e não esperava atender, principalmente naquela tranquila cidade de pouco mais de 5 mil habitantes. A mãe da menina ainda não foi localizada.

O policial foi chamado pelo casal de idosos, que mora na casa onde o bebê foi abandonado. Os moradores ouviram o choro do bebê e saíram para verificar o que estava acontecendo, quando encontraram a menina. Ela estava nua, suja de sangue, fezes e ainda com o córdão umbilical.

"Quando cheguei, eles [moradores] estavam com medo de pegar a criança e sofrer represálias porque estava na casa deles, mas eu disse que não e pedi que me dessem lençóis para enrolar o bebê, que estava com frio e tremia muito", contou o policial.

No hospital, o bebê ganhou roupas, inclusive de mães de meninos. "O que importava era que estivesse agasalhada", disse o policial, se referindo à roupa azul que a menina vestiu no hospital.
 
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