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Polícia Civil não foi acionada para investigar explosão e morte

Acidente com caldeira em Rondonópolis vitimou engenheiro Márcio Guimarães Júnior, de 51 anos

Agência da Noticia com Mídia News

29/07/2015 - 09:33

Polícia Civil não foi acionada para investigar explosão e morte

Foto: Agência da Notícia/Reprodução

 A Polícia Civil não foi acionada para apurar as causas da explosão de uma caldeira na empresa Noble Brasil, em Rondonópolis (215 km ao Sul de Cuiabá), no dia 8 de julho passado.

O acidente vitimou o engenheiro Márcio Guimarães Júnior, de 51 anos. Ele era gerente industrial da empresa esmagadora de soja. Outros dois funcionários também ficaram feridos, mas não correm risco de morte.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a empresa não registrou um Boletim de Ocorrência sobre a explosão. Sem o documento, conforme a Polícia, não é possível abrir um inquérito para investigar o caso.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Rondonópolis também não foi acionada para realizar uma perícia no local da explosão.

Segundo o perito criminal da Politec do município, Cairo Diego, a instituição só pode realizar uma perícia após solicitação de um delegado ou e de um promotor de Justiça, o que não ocorreu nesse caso.

"Não há nenhuma solicitação sobre esse acidente aqui na Politec" “Não há nenhuma solicitação sobre esse acidente aqui na Politec”, afirmou Diego.

A Procuradoria Regional do Trabalho da 23ª Região de Rondonópolis também afirmou que não recebeu nenhum ofício para apurar as causas do acidente.

Por meio de nota, a Noble Brasil informou que está realizando uma investigação interna sobre o caso, e se necessário, repassará as informações para os órgãos competentes.

Pela lei, a Noble Brasil teria que registrar o caso no Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

A CAT é o documento que informa ao INSS que o trabalhador sofreu um acidente de trabalho. A empresa tem o dever de comunicar as autoridades competentes sobre a ocorrência até o primeiro dia útil depois do acidente e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente.

Após a explosão, Márcio ficou internado no Hospital Regional de Rondonópolis, em coma induzido, com cerca de 70% do corpo queimado, em estado gravíssimo.

Além das queimaduras, ele teve lesão cerebral. Depois de 13 dias, ele foi transferido por uma UTI aérea para um hospital em Anápolis, em Goiás, referência no tratamento de queimaduras.

Ele não resistiu aos graves ferimentos e faleceu no último dia 22.
 
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