Farinha de mandioca, cheiro-verde, alface e pimenta são só alguns dos produtos que os moradores das principais cidades do Norte Araguaia encontram nas diversas feiras populares espalhadas pela região. O hábito caiu tanto no gosto popular, que só em Confresa são realizadas três por semana.
E o movimento é grande em todas elas. Há, não podemos esquecer dos ovos de galinha caipira, dos peixes e até mesmo do artesanato. Só isso seriam ótimos motivos para frequentar estes lugares, mas ainda tem mais, o melhor é que a grande maioria dos produtos são orgânicos, ou seja, não são usados venenos durante a produção.
Foi o que apontou um estudo feito na região pelo instituto Araguaia Xingu, que percebeu uma diferença entre as feiras da região e as realizadas nas grandes cidades do estado.
"Enquanto nas feiras das grandes cidades o feirante revende a produção do campo, nas feiras da região os feirantes são os próprios produtores que se desdobram na tarefa de produzir e vender. Mesmo aqueles que especializaram sua produção, como para hortaliças ou abacaxis, não deixam de levar à feira o excedente da produção, seja o limão do pé que carregou nos fundos do quintal, ou uma compota feita com os cajus da estação", destaca este trecho extraído da pesquisa.
Mas, qual é a diferença entre os alimentos orgânicos e não orgânicos? Ao contrário dos alimentos convencionais, os produtos orgânicos utilizam técnicas específicas, que respeitam o meio ambiente durante todo o seu processo de produção. Além do mais, eles também visam a qualidade do alimento, já que não são usados agrotóxicos nem qualquer outro tipo de produto -como adubos químicos que possam acarretar algum dano à saúde de quem consumir o alimento. Ou seja, eles são obtidos de maneira mais natural, por isso são mais saudáveis e até mais saborosos e nutritivos.
Entre as feiras que mais se destacam na região estão as de Confresa, Porto Alegre do Norte, Vila Rica e São Félix do Araguaia.