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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Cuidado, eles estão chegando: saiba quem são os ''bad boys'' do Mundial

Algumas das principais seleções da Copa contam com jogadores que costumam aprontar dentro e fora de campo. Balotelli, Suárez e desafeto de Hulk estão na lista

 A Copa trará ao Brasil os melhores jogadores do mundo, mas também alguns personagens que causam problemas dentro e fora de campo. Balotelli, da Itália, é dono de um impressionante repertório de confusões. O russo Denisov, que se rebelou contra a chegada de Hulk ao Zenit, tem pavio curto e não se intimida ao enfrentar treinadores e rivais. Suárez já agrediu adversários física e verbalmente - o uruguaio sofreu uma cirurgia e tem esperança de se recuperar a tempo de jogar o Mundial. De Jong, da Holanda, e Pepe, de Portugal, geram pânico aos atacantes por suas entradas "delicadas".
Entre os jogadores mais polêmicos, nenhum enfrentará o Brasil na fase de grupos, mas o volante holandês poderá estar no caminho da Seleção nas oitavas de final. De Jong já foi uma pedra no caminho dos brasileiros no Mundial de 2010 e mostrou seu "vigor físico" contra as estrelas como Kaká e Robinho. O chileno Gary Medel, apelidado de pitbull, o português "com cara de bad boy" Raul Meireles e o italiano Daniele De Rossi, que tem uma tatuagem "estimulando" as entradas duras no futebol, são outros representantes desta "seleção".
O REI

Com apenas 23 anos, Balotelli é o maior exemplo de um "bad boy" no futebol atual, sendo imbatível quando assunto é confusão. Destruiu o banheiro da própria casa ao brincar com fogos de artifício, atirou dardos em um garoto das categorias de base do Manchester City, foi detido por invadir presídio feminino na Itália, distribuiu R$ 3 mil em bebidas como presente de Natal em um bar, foi expulso de boates, envolveu-se com garotas de programa e foi até homenageado por uma delas em uma camiseta.
Super Mario também já teve que enfrentar a justiça por suposto envolvimento com a máfia italiana. O jogador teria sido visto em um passeio com um chefão de Nápoles. Em campo, Balo também costuma aprontar. Discussões com treinadores, brigas com companheiros em treinamentos e agressões a rivais, como o pisão que deu em Scott Parker no início de 2011, em duelo entre Manchester City e Tottenham, sendo banido por quatro jogos.
UM REBELDE QUE JÁ ENFRENTOU O INCRÍVEL HULK

A seleção da Rússia chega para o Mundial tendo como um dos destaques um jogador de atitude, que não tem medo de cara feia e que costuma impor suas opiniões sem medo de levar desaforo para casa. O volante Igor Denisov ficou mundialmente conhecido por ter se rebelado contra a contratação de Hulk pelo Zenit. Revoltado com a diferença salarial entre o brasileiro e o restante do elenco, o jogador se recusou a entrar em campo, pediu um aumento de salário e chegou a afirmar que o atacante não era Messi ou Iniesta para custar tão caro (60 milhões de euros). O clube o rebaixou para o time de juniores, e o revoltoso demorou a pedir desculpas publicamente.
Denisov já protagonizou outras polêmicas. Em 2010, tentou agredir o auxiliar e ex-companheiro de time Vladislav Radimov em um treino, sendo impedido pelos companheiros, que tiveram que usar a força para contê-lo. No mesmo ano, insultou verbalmente o técnico Valery Karpin durante duelo contra o Spartak de Moscou. A atitude acabou iniciando uma briga generalizada. A Federação Russa o puniu com quatro jogos de suspensão.
Em 2008, Denisov foi convocado para a Eurocopa, mas recusou o chamado do técnico Guus Hiddink. Segundo a imprensa russa, o jogador se sentiu ofendido por não ter figurado na pré-lista do comandante, sendo convocado às pressas após o holandês ter perdido alguns nomes por problemas de lesão.
BOCA MALDITA

Luis Suárez foi eleito o craque do Campeonato Inglês na temporada 2013/2014 por jogadores, jornalistas, dirigentes e torcedores. A maioria deles também concorda que não há na Premier League um jogador tão polêmico quanto o uruguaio. Nos últimos anos, a carreira de Luisito foi marcada mais por controvérsias do que pelo futebol.
O primeiro incidente em território inglês ocorreu em outubro de 2011. Durante o clássico entre Liverpool e Manchester United, Suárez teve uma discussão com o lateral-direito Evra e insultou o francês de forma racista. Foi punido com a ausência em oito partidas e 40 mil libras (R$ 150 mil) de multa.
Em 2013, foi a vez de Ivanovic sentir - literalmente na pele - a fúria do atacante. Durante duelo contra o Chelsea, o uruguaio mordeu o defensor sérvio no braço. A punição foi mais severa: dez jogos de suspensão. Quando jogava pelo Ajax, em 2011, o uruguaio também mordiscou um rival. A vítima foi Bakkal, do PSV. O clássico foi o último compromisso de Suárez no clube.
Nesta quinta-feira, Suárez passou por uma cirurgia no menisco.
- Os exames detectaram um problema no joelho. Foi tudo muito rápido. Descobrimos na noite desta quarta-feira. Mas as informações que recebi me deixam otimista em relação a Suárez no Mundial - disse o diretor de seleções da Federação Uruguaia, Roberto Pastoriza.
CÃO DE GUARDA "RAIVOSO"


Conhecida pela histórica legião de jogadores talentosos, a seleção da Holanda tem um membro que representa justamente o oposto: o futebol truculento. O volante Nigel de Jong não costuma fazer lambanças fora dos gramados, mas é responsável por algumas das entradas mais violentas da história do esporte.
A mais emblemática aconteceu na final da Copa do Mundo de 2010, quando acertou o peito de Xabi Alonso com as travas da chuteira. O árbitro Howard Webb não o expulsou, mas reconheceu tempos depois que deveria ter mostrado o cartão vermelho.
Pouco antes do Mundial, o holandês deu um carrinho no americano Stuart Holden, que se ausentou dos gramados por quase duas temporadas por causa da lesão. Após a Copa da África do Sul, o volante voltou a mostrar sua garras. Em outubro de 2010, fez Ben Arfa ter dupla fratura da tíbia e fíbula esquerda. Apesar do estilo violento, De Jong recebeu apenas um cartão vermelho na carreira, quando ainda defendia o Hamburgo, em 2006.
TRAVAS PARA QUE TE QUERO

Pepe tem um vasto currículo de faltas, digamos, "pouco delicadas". Na internet é possível encontrar dezenas de compilações das entradas feitas pelo brasileiro naturalizado português. Nos clássicos entre Real Madrid e Barcelona, Messi e Daniel Alves foram as vítimas mais conhecidas. O zagueiro pisou na mão do craque argentino e quase lesionou a perna direita do brasileiro em jogo de semifinal da Liga dos Campeões, quando acabou expulso.
O episódio mais marcante do destempero do jogador aconteceu contra o Getafe, em 2009. O defensor derrubou o meia Casquero, chutou duas vezes o adversário, que estava caído de costas no gramado, deu alguns pisões e ainda bateu na cara de outros dois jogadores do time rival. Pepe costuma entrar em divididas com as travas das chuteiras prontas para acertar canelas e tornozelos.
BAIXINHO PITBULL

O baixinho Gary Medel, do Chile, é outro candidato a bad boy da Copa do Mundo. O jogador do Cardiff City tem "Gattuso" como um dos seus apelidos - em referência ao famoso volante italiano. Só por aí já dá para ter uma ideia de qual é a principal função dele em campo. E como se não bastasse, também vem sendo chamado de "pitbull". Já tem 11 cartões amarelos e 2 vermelhos em 55 jogos pelo Chile.
Um dos momentos mais "divertidos" de sua carreira foi quando jogava no Sevilla. Irritado por ter sido expulso de jogo pelo Campeonato Espanhol em fevereiro do ano passado, saiu incontrolável do campo, teve que ser seguro por um membro da comissão técnica, e saiu chutando cadeiras de plástico, que acabaram acertando policiais que faziam a segurança do estádio.
"PRIMEIRA APARÊNCIA É A QUE FICA"

O "estilo Bad Boy" de Raul Meireles é notável à primeira vista. O corpo todo tatuado e o moicano radical, além da enorme barba, ajudam a compor o perfil deste volante português, que possui um histórico de confusões no currículo. Um caso polêmico é de que o jogador teria cuspido no árbitro de um jogo entre Fenerbahçe e Galatasaray na Turquia.
O jogador vem para o Brasil para disputar a Copa por Portugal, e com certeza deve causar um grande impacto não só em termos de futebol, como também de personalidade. Além do estilo "ousado", Raul também é conhecido pela pegada forte e por não desistir de uma dividida no campo.
BAD BOY DE CORPO E ALMA

A tatuagem na perna direita de Daniele De Rossi, do Roma e da seleção italiana, mostra que o volante não tem qualquer problema com o rótulo que os italianos recebem normalmente, de se notabilizarem pela força defensiva. Ele tem uma espécie de "placa de trânsito" com um zagueiro dando carrinho bem no meio da perna de outro jogador.
Dentro de campo, De Rossi é ídolo no Roma e na Azzurra justamente por ter como uma de suas principais características a dedicação na marcação. A vocação para "bad boy", portanto, está no corpo e na alma do jogador. E os italianos adoram isso. Inglaterra, Uruguai e Costa Rica que se cuidem. E protejam suas canelas.
 
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