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Jornalista de MT diz que o Araguaia está começando a última grande miscigenação racial em todo o mundo

Jornalista diz que o Araguaia ainda não tem identidade própria e o dia em que tiver não será a identidade de MT

Agência da Notícia com Redação

07/06/2014 - 09:33

Jornalista de MT diz que o Araguaia está começando a última grande miscigenação racial em todo o mundo

Onofre Ribeiro é Jornalista em MT

O renomado e conceituado Jornalista Onofre Ribeiro, esteve há cerca de duas semanas na região do Araguaia, participando do projeto Pensar MT, da Federal da Agricultura do Estado.

Em um artigo publicado pelo jornalista essa semana, ele cita o Araguaia como um enigma, e que a região vive diferente de toda a cultura de MT. Ele ainda diz que a região pela vinda de gente de todos os cantos de Brasil, pelos atrativos que oferece especialmente pelas terras férteis para agricultura, ao todo são 9 milhões para serem plantados, pode estar vivendo a última grande miscigenação racial em todo o mundo.

Vale a pena ler o artigo todo.

O enigma Araguaia

O Vale não se parece em nada com as outras regiões já colonizadas do Estado.

Há duas semanas, subi de carro desde Cuiabá até o município de Confresa, no extremo nordeste de Mato Grosso, depois desci de carro até Barra do Garças e daí de volta a Cuiabá, participando do projeto PensarMT, da Federação da Agricultura.

O projeto pretende construir uma alternativa de planejamento estratégico para contribuir com os candidatos a governador do estado nestas eleições.

Na verdade, conheço o Vale do Araguaia desde 1966, ainda estudante de Jornalismo na UnB. O vale mudou muito, mas ainda não tem uma identidade própria e no dia em que tiver, não estará ligada a Cuiabá.

De Confresa a Cuiabá são 1.149 km por rodovias, com alguns trechos sem asfalto na eterna rodovia BR-158, que não fica pronta nunca!

Queria relatar neste artigo que o Vale do Araguaia desde Alto Araguaia até Vila Rica lá no extremo norte, existem 9 milhões de hectares possíveis de serem plantados com agricultura, a maioria substituindo pastagens bovinas.

Mas o Vale não se parece em nada com as outras regiões já colonizadas do estado. Nem do ponto de vista de solos, de clima, de pessoal e de tecnologia.

Algumas considerações: 1 – lá se liga exclusivamente com Goiânia, a capital do Vale do Araguaia. Compram e emplacam carros em Goiás porque todos os impostos são mais baratos. 2- lá se exigem tecnologias novas para produzir, por causa de todas as diferenças já citadas. 3 – a agricultura está subindo rapidamente de Querência pra cima e junto novas levas de pessoas do Sul e descendentes, vindos de outras regiões de Mato Grosso e do Centro-Oeste.

Talvez, no Araguaia, esteja começando a última grande miscigenação racial em todo o mundo. Gente antiga dali, somada com garimpeiros nordestinos e com peões nordestinos que ajudaram a abrir a região nos anos 1960 e 1970, mais os índios, formam uma cultura diferente do resto de Mato Grosso.

Certamente, formarão com os novos migrantes uma gente nova, diferente de tudo que existe no estado.

Curioso, isso se faz dentro do maior abandono de governos federal e estaduais seguidos.

O emblema de “Vale dos Esquecidos” continua válido. Nem por isso, o futuro ameaça esse mundo que fala de futuro distante envolvendo enorme misticismo espiritual.

Voltarei com esse assunto, se o leitor me permitir.

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso.
onofreribeiro@terra.com.br
wwww.onofreribeiro.com.br
 
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