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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Copa do Mundo distração perigosa; A verdade começou bem antes do jogo de estréia

De fato essa é uma distração bastante perigosa para ambas as partes, tanto para o cidadão que torce e vota quanto para a continuidade do atual governo

Kalixto Guimarães/ Correspondente do Araguaia

25/06/2014 - 10:04 | Atualizada em 25/06/2014 - 10:16

A Copa do Mundo de 2014, na verdade começou bem antes do jogo de estréia. Em meio a protestos e vaias à Presidente Dilma Rousseff, o povo brasileiro que faz do futebol seu esporte predileto demonstrou que sabe separar as coisas. Apesar do belo circo armado as queixas contra os 30 bilhões gastos nas reformas dos estádios e nas obras de infra-estruturas inacabadas só tem aumentado e já configura no maior fiasco da história de todas as copas. Com as arenas lotadas e a Seleção Brasileira classificada para as oitavas da grande final, a festa segue animadíssima com a bola rolando no gramado e balançando no fundo da rede traduzindo fielmente o sentimento de uma Nação ávida pela vitória. O simbolismo de cada gol e de cada jogo ganho representa com exatidão as expectativas da coletividade nacional para se auto-afirmar no cenário global como sendo os melhores do mundo. Em meio a esta guerra de nervos e explosões de alegria a catarse desportiva da equipe de jogadores somada aos milhares de torcedores, vem manifestando uma latente preocupação política mesclada com arroubos cívicos, onde ouvimos o hino nacional ser entoado com todo o fervor nos quatro cantos das arquibancadas.

Não há duvidas, o fascínio futebolístico da copa não entorpeceu a mente critica dos brasileiros que perceberam antecipadamente, a roubalheira e o superfaturamento por parte dos organizadores do evento. Denuncias comprovadas de corrupção, desvio de verbas, atrasos nas obras foi a tônica de toda a fase de preparação dessa copa caseira, feita a moda brasileira e sob a batuta do governo petista. Se a conquista do tricampeonato de 70, foi comemorada pelo governo militar como um grande feito, sendo estes duramente criticados pela oposição da época que hoje governa o país, que esbravejavam dizendo que os “generais” usaram os jogos e a vitória da seleção brasileira para distrair o povo e disfarçar a repressão anticomunista, pode- se dizer o mesmo sobre o poderoso palanque político eleitoral que o governo Lula-Dilma armou em cima dessa copa. Já ganharam uma eleição e podem ganhar a segunda. A lógica petista é bem clara, com a Seleção conquistando o hexa, a reeleição de Dilma está garantida.

De fato essa é uma distração bastante perigosa para ambas as partes, tanto para o cidadão que torce e vota quanto para a continuidade do atual governo que tem seus principais lideres vergonhosamente condenados e lotados nos presídios do país. Fora isso, a presidenta segue regateira em sua torcida pelo hexa porem, pelas sombras e sem poder dar as caras nos estádios com medo de novas vaias e xingamentos. Neste caso, podemos dizer que o feitiço está virando conta o feiticeiro. Ganhando ou não esta copa, o povo brasileiro vai continuar desejando e lutando para serem os melhores do mundo não somente no futebol, mas, também em educação, saúde, segurança, transportes e infra-estrutura. Este é jogo real que fará do Brasil um campeão de verdade. Dictum et scripitum!
 
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