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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Brasil registra saída de US$ 1 bilhão no início de dezembro

Brasil registra saída de US$ 1 bilhão no início de dezembro

 A saída de dólares no Brasil superou o ingresso de recursos em US$ 1,04 bilhão no início de dezembro, até a última sexta-feira (9), informou o Banco Central nesta quarta-feira (14). Em outubro e novembro, houve entrada de recursos no país.

No acumulado de janeiro a 9 de dezembro também houve mais retirada do que entrada de dólares no Brasil. Neste período, US$ 4,2 bilhões deixaram o Brasil, de acordo com o BC. Em igual período do ano passado, houve o ingresso de US$ 9,79 bilhões no país.

Impacto no dólar

A saída de dólares na parcial de dezembro favoreceria, em tese, a valorização da moeda em relação ao real. Isso porque, com menos dólares no mercado, o preço tende a subir. No começo deste mês, porém, o dólar vem registrando queda.

No fim de novembro, o dólar estava cotado a R$ 3,38 e, nesta quarta-feira (14), por volta das 13h, estava sendo negociado a R$ 3,30. Veja a cotação

Segundo analistas, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda norte-americana, como o cenário eleitoral nos Estados Unidos, que gerou desvalorização das moedas das principais economias emergentes, entre elas o real.

Além disso, o cenário externo (com a previsão de alta dos juros nos Estados Unidos, que tende a atrair capital para aquela economia) e o cenário político no Brasil (com a aprovação da PEC do teto de gastos), também influenciam as cotações.

Interferência do BC

Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial (que funcionam como uma venda futura de dólares), ou de "swaps reversos" – que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.

Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.

Em teleconferência com a imprensa estrangeira, realizada recentemente, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, disse que a instituição tem espaço para agir visando "tranquilizar" os agentes do mercado financeiro após a instabilidade provocada pela vitória de Trump.

De acordo com ele, o BC pode emitir novos contratos de "swap cambial", instrumentos que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro e servem para controlar as oscilações da moeda.
 
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