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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Juíza determina apuração para saber se cena de assassinato de universitário sofreu alterações

A magistrada exigiu um laudo para determinar a que distancia estava a arma que atingiu o rapaz.

Juíza determina apuração para saber se cena de assassinato de universitário sofreu alterações

Foto: Agência da Notícia/Reprodução

 A juíza Luciene Kelly Marciano Roos, da 2ª vara da Comarca de Nova Xavantina, determinou que seja realizado um auto de constatação de local de crime, onde o universitário Renan Luna, 22 anos, morreu após ser atingido por um disparo na região da cabeça, no dia 09 de abril deste ano. Além disto, a magistrada exigiu um laudo para determinar a que distancia estava a arma que atingiu o rapaz.

A magistrada determinou diversas diligências às autoridades policiais, entre elas estão: realização de auto de constatação de local de crime, devendo ser informada a dinâmica dos fatos e se o local, em tese, sofrera algum tipo de ação externa até a chegada da polícia técnica; confecção de exame pericial do cadáver da vítima que ateste a distância em que a arma de fogo foi disparada; juntada das fotos tiradas por uma testemunha do projétil e/ou cartucho referido em seu depoimento e realização de perícia no projétil que, porventura, se encontra alojado no corpo da vítima e comparação com armas supostamente utilizadas no evento.

Além disto, a juíza ainda exige “a juntada aos autos do procedimento de investigação de áudios e vídeos, supostamente gravados por testemunhas, que circula por redes sociais e empreender esforços no sentido de identificar seus autores e colher seus depoimentos”.

Por fim, determina juntada “aos autos do inquérito policial instaurado em face de Leonardo Antunes Xavier da Silva de laudo de constatação preliminar de drogas, supostamente apreendida em sua residência, fazendo constar a natureza e quantidade” e lembra que “as diligências atinentes ao homicídio que porventura já tenham sido documentadas deverão ser trasladadas para o inquérito policial ora requisitado”.

Soltura e entrega de arma

A juíza Luciene Kelly Marciano Roos, da 2ª vara da Comarca de Nova Xavantina, colocou em liberdade os três suspeitos da morte do universitário Renan Luna, de 22 anos, atingido com um disparo de arma de fogo na cabeça, em uma festa de calouros, no município supracitado. A magistrada ainda aplicou medidas cautelares em desfavor de Adriano Junior Borges, Marcio Rodrigues da Silva e Leonardo Antunes Xavier da Silva. Por fim, determinou que o major da PM Roosevelth Fabiano Escolástico, que também está envolvido no episódio.

O caso

A Polícia investiga se a morte do estudante Renan Luna, 22, atingido por uma bala perdida na madrugada de domingo (9), foi causada por disparos feitos da arma de um major da Polícia Militar (PM) ou de criminosos com quem ele trocou tiros no local. O homicídio foi registrado em uma festa na cidade de Nova Xavantina (607 km de Cuiabá), depois que o militar, Fabiano Roosevelth Escolástico, tentou deter suspeitos por tráfico de droga em um banheiro.

Renan é filho do empresário Vando Luna, dono da loja Luna Modas e neto do fazendeiro João Luna. A família é de Reginópolis (SP). A Polícia Militar (PM) instaurou inquérito para investigar qual o envolvimento do major da 3ª Companhia da PM.

Ouvido pela Polícia Civil no domingo (9), o major da Polícia Militar (PM) Fabiano Roosevelt Escolástico nega que o disparo que vitimou o estudante Renan Luna, 22, morto por uma bala perdida, tenha saído de sua arma. Ao Olhar Direto, o militar contou que depois da ocorrência, na qual três criminosos foram presos, ele e sua família vêm recebendo ameaças de membros da facção criminosa Comando Vermelho.
 
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