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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Amam repudia ameaça a Perri: “Interesse é frustrar investigação”

Desembargador, que está à frente de investigação, afirmou que ameaças o incentivam ainda mais

A Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam) saiu em defesa do desembargador Orlando Perri, que afirmou ter sido ameaçado em razão de estar à frente da investigação no Tribunal de Justiça (TJ-MT) que apura um esquema de escutas clandestinas operado pela Polícia Militar do Estado.
 
Durante sessão plenária do TJ nesta quinta-feira (13), Perri revelou que as ameaças veladas dizem para ele “afrouxar” as investigações relacionadas ao caso, sob pena de o acusarem de também ter realizado interceptações ilegais, à época em que era corregedor-geral do TJ.
 
“Muitas forças têm atuado para me roubar a competência da chamada ‘grampolândia pantaneira’. Meu afastamento só será possível com duas alternativas: me retirar a competência do caso ou me matar”, disse Perri, durante a sessão.
 
A Associação repudia com veemência qualquer ato de intimidação do Magistrado Orlando de Almeida Perri, maxime quando essas intimidações tem origem em ações de agentes públicos interessados em ver frustradas as investigação criminais por ele energicamente conduzidas
Em nota, a Amam afirmou que tais ameaças e intimidações têm origem em ações de agentes públicos que estão interessados em ver “frustradas” as investigações conduzidas por Perri.
 
“A Associação repudia com veemência qualquer ato de intimidação do Magistrado Orlando de Almeida Perri, maxime quando essas intimidações tem origem em ações de agentes públicos interessados em ver frustradas as investigação criminais por ele energicamente conduzidas”, diz trecho do documento.
 
Segundo a entidade, ações desta natureza destoam do mínimo que se espera de um Estado Democrático de Direito.
 
“Razão porque devem ser combatidos com toda a força pelas Instituições Republicanas, dado que ao Judiciário atribuiu a Constituição exatamente essa atividade de prevenção e repressão de atos criminosos tais quais as escutas telefônicas clandestinas que ora se investiga”.
 
Ainda no documento, a Amam garantiu que, independente de quaisquer ameaças, os fatos relacionados às escutas clandestinas serão investigados até o fim.
 
“O Cidadão Mato-grossense pode ter certeza que esses fatos serão investigados até o fim, com isenção e independência, dado que esses são atributos bem característicos do Relator Desembargador Orlando Perri, além da coragem e destemor”.
 
Veja nota na integra:
 
"A Associação Matogrossense de Magistrados - AMAM, entidade que congrega os Magistrados deste Estado, no exercício do seu mister estatutário e institucional, ao tomar conhecimento hoje (13/07/2017), na Sessão do Pleno do Tribunal de Justiça deste Estado, que o Desembargador Orlando de Almeida Perri vem sofrendo pressões espúrias e até ameaças pessoais, em virtude de sua relatoria na investigação acerca de  interceptações telefônicas clandestinas e ilegais, vem a público declarar perante os Operadores do Direito e a Sociedade Matogrossense em Geral:
 
1. Repudia com veemência qualquer ato de intimidação do Magistrado Orlando de Almeida Perri, maxime quando essas intimidações tem origem em ações de agentes públicos interessados em ver frustradas as investigação criminais por ele energicamente conduzidas;
 
2. A AMAM apresenta de público sua solidariedade institucional ao Magistrado e se coloca a disposição para acionar todos os meios legais, inclusive por intermédio da Associação dos Magistrados Brasileiros, para garantir ao Desembargador Orlando Perri a tranquilidade e a independência para levar a bom termo o seu trabalho enquanto Magistrado;
 
3. Expedientes dessa jaez destoam do mínimo que se espera de um Estado Democrático de Direito, razão porque devem ser combatidos com toda a força pelas Instituições Republicanas, dado que ao Judiciário atribuiu a Constituição exatamente essa atividade de prevenção e repressão de atos criminosos tais quais as escutas telefônicas clandestinas que ora se investiga;
 
 4. O Cidadão Matogrossense pode ter certeza que esses fatos serão investigados até o fim, com isenção e independência, dado que esses são atributos bem característicos do Relator Desembargador Orlando Perri, além da coragem e destemor.
 
 5. A Associação Matogrossense de Magistrados estará alerta ao desenrolar de todos os fatos e atuará prontamente na defesa da integridade pessoal e funcional do Desembargador Relator, nas esferas estaduais ou nacionais, denunciando perante a sociedade toda e qualquer iniciativa tendente a frustrar as investigações e perante os Tribunais Superiores, se  necessário for."
 
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