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PF investiga prefeito de Bom Jesus do Araguaia por pressionar empresários por votos

Joel da JM é ainda suspeito de conceder horas extras ilegais para servidores

Agência da Notícia com Redação

05/09/2017 - 07:58 | Atualizada em 05/09/2017 - 08:34

PF investiga prefeito de Bom Jesus do Araguaia por pressionar empresários por votos

Prefeito de Bom Jesus do Araguaia, Joel Ferreira.

Foto: Agência da Notícia/Reprodução

A Polícia Federal vai investigar o prefeito de Bom Jesus do Araguaia e presidente da AMA, Joel Ferreira, o Joel da JM (PSDB), por captação ilícita de sufrágio. Ele é suspeito de pressionar empresários do ramo de transporte da cidade a apoiá-lo em sua campanha a reeleição, ameaçando aqueles que não queriam dar suporte ao seu projeto com a rescisão de contratos mantidos com a administração municipal.

A determinação é do juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Rodrigo Curvo, e foi proferida no último dia 9 de agosto. Caso a PF encontre provas suficientes sobre a compra de votos, Joel pode ter o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.

De acordo com o despacho, o inquérito policial tramitará entre a Polícia Federal e a Procuradoria Regional Eleitoral. “Autorizo a instauração de procedimento investigatório criminal, com a finalidade de apurar os fatos noticiados neste procedimento, bem como determino a remessa dos autos ao Departamento de Polícia Federal para a continuidade das investigações. Autorizo, ainda, que o inquérito policial a ser instaurado tramite diretamente entre a Polícia Federal e a Procuradoria Regional Eleitoral”, diz o TRE.

De acordo com informações dos autos, Joel da JM, então candidato a reeleição na prefeitura de Bom Jesus do Araguaia em 2016, procurou dois empresários que prestavam serviço de transporte escolar na cidade buscando apoio político para sua candidatura. Um deles, que não cedeu a suposta chantagem, teve contrato rescindido de maneira unilateral em outubro do ano passado, logo após o primeiro turno.

Joel foi reeleito com 1.967 votos (52,83%). Joel da JM também é suspeito de repassar R$ 1.233,54 mil em forma de horas extras simuladas a um servidor público do município em troca de apoio político entre os meses de julho e agosto de 2016. “No exercício do cargo de Prefeito, autorizou a inclusão, nos vencimentos do eleitor e servidor público municipal Pedro da Silva Santos, do pagamento da quantia de R$ 1.233, em horas extraordinárias simuladas, em troca de voto e apoio político, nos meses de julho e agosto de 2016. Consta, ainda, que a vantagem econômica em apreço foi utilizada para o pagamento de serviços de reparo e pintura de veículo do referido servidor”.

O Procurador Regional Eleitoral, Alisson Nelício Cirilo Campos, que solicitou a remessa dos autos à Polícia Federal, explicou que em razão da prerrogativa de função que possui o cargo de prefeito, o inquérito deveria tramitar na Polícia Federal.
 
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