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“Não tem o que me faça pagar”, afirma deputado sobre dízimo

Oscar Bezerra, que se movimenta para deixar PSB, diz que ajudou a estruturar sigla em sua região

Agência da Notícia com Mídia News

20/01/2018 - 09:30

O deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) afirmou que não irá pagar o “dízimo partidário” cobrado pelo presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, para que ele e outros dissidentes possam se desfiliar do partido antes da janela da infidelidade partidária, em março de 2018.

 

Em conversa com a imprensa nesta semana, o parlamentar disse que nada o fará pagar, pois não concorda com a cobrança do correligionário.

 

“Não vou pagar de forma nenhuma. Não tem o que me faça pagar”, resumiu.

 

Valtenir condicionou a liberação do grupo do ex-prefeito Mauro Mendes para se filiar a outra sigla ao pagamento de uma dívida. Segundo ele, o valor chega a R$ 230 mil e corresponde a 10% do salário bruto do próprio Oscar e dos deputados estaduais Eduardo Botelho, Adriano Silva, Mauro Savi, Max Russi.

 

Se for nessa historiazinha de dízimo, só fica concentrada no presidente e, aí, não cresce
Segundo Oscar, enquanto o deputado federal Fabio Garcia (sem partido) comandou o PSB, o dízimo não era cobrado, pois os parlamentares ajudaram a estruturar a sigla no interior.

 

O método, de acordo com Oscar, é diferente do implantado por Valtenir, quando passou pelo partido até 2013, e agora em seu retorno.

 

“Nós tínhamos outro entendimento com o Fabio, porque eu construí o PSB na minha região de uma maneira em geral. E, se eu construí o PSB, gastei com avião, gastei meu tempo, dinheiro. Então, não tinha esse negócio na gestão Fabio de ficar dando dízimo”, explicou.

 

“Cada um ajudava da sua forma a construir o partido. Tanto é que foi o que mais cresceu. Porque se for nessa historiazinha de dízimo, só fica concentrada no presidente e, aí, não cresce. Como aconteceu com o Valtenir. O partido era esmagado, porque ele não dava conta, mas só ele pilotava o processo”, afirmou.

 

Apesar disso, Oscar Bezerra disse que o acordo com Garcia era apenas “verbal”.

 

O parlamentar negocia com o PP e deve deixar o PSB até março, levando sua esposa, a prefeita de Juara, Luciane Bezerra, e outros sete prefeitos.
 
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