Mato Grosso

Sexta-feira, 29 de março de 2024
informe o texto

Notícias Eleições 2018

Nanicos partem para o ataque e citam erros de gestão e corrupção

Em debate, Arthur Nogueira e Moisés Franz apontaram corrupção na gestão de Silval Barbosa

Os candidatos ao Governo do Estado Arthur Nogueira (Rede) e Moisés Franz (PSOL), os menos bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, usaram as principais fragilidade dos adversários para tentar expô-los no primeiro debate promovido pela TV Vila Real, do Grupo Gazeta de Comunicação, na manhã desta quinta-feira (30).
 
Ambos usaram os problemas na Saúde, como atrasos de repasses e a crise nos hospitais filantrópicos, para atacar a gestão do governador Pedro Taques (PSDB), candidato à reeleição.
 
“A população reclama muito dos problemas da Saúde. Hoje, há fechamento de UTIs no Estado, temos a paralisação de hospitais, uma crise nos filantrópicos. O novo Hospital Universitário Julio Müller não foi concluído. Como o senhor dorme tranquilo com esses problemas?”, questionou Moisés a Taques.
 
Em sua resposta, o tucano disse que a Saúde é um problema de todo o País e que sua gestão avançou no setor, mas reconheceu que ainda precisa fazer mais. “Muito bonitas as suas palavras, mas todos sabem que lá na ponta a realidade é outra”, retrucou Moisés.
 
Nogueira questionou Taques sobre os atrasos dos repasses aos hospitais, que respondeu que está reformando unidades e fazendo repasses para a Santa Casa de Cuiabá.
 
“É preciso ter transparência. Não é verdade o que acabou de ser dito. No nosso Governo, vamos identificar os casos mais graves na fila para dar prioridade. Hoje, se o ex-prefeito Mauro Mendes dependesse do SUS, não estaria aqui, estaria na fila por conta do tornozelo machucado”, ironizou.
 
Em outro momento, o candidato do PSOL alfinetou o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM). Moisés disse que o adversário já pediu penas severas, até de prisão perpétua, para bandidos.
 
“Eu te pergunto sobre pessoas que corrompem juízes. Qual a sua opinião sobre obter vantagens ilícitas? Merece o mesmo tratamento de prisão perpétua?”, questionou, se referindo às supostas fraudes praticadas por Mendes que levaram à aposentadoria compulsória de dois juízes do trabalho, Luiz Aparecido Ferreira Torres e Carla Reita Faria Leal.
 
Mendes respondeu que, em sua administração, não houve denúncias de corrupção. Ele finalizou afirmando que os adversários devem tomar cuidado ao tratar de assuntos privados.
 
"Se o senhor que falar de alguma coisa privada, tome cuidado, porque tem muita informação desvirtuada sendo colocada aí, muita fake news sendo feita. Tem que se informar, porque já sei aonde o senhor que chegar”, afirmou.
 
Já Nogueira questionou quais seriam os critérios de Wellington Fagundes (PR) para nomeação de seu secretariado. O senador é quem tem o maior número de siglas na coligação ao Governo.
 
 
Hoje, o ex-prefeito Mauro Mendes dependesse do SUS, não estaria aqui, estaria na fila por conta do tornozelo machucado
Fagundes respondeu falando de combate à corrupção, e Arthur retrucou que o senador é apadrinhado político de pessoas enroladas na Justiça e que está na vida pública há mais de 24 anos.
 
“Já esta há mais de 24 anos na política e só agora que promete fazer. Isso não me convence e você, eleitor, preste atenção nisso”, disse.
 
Em outro momento, Moisés também criticou o tamanho da coligação de Fagundes.
 
“Nós caminhamos em chapa pura de Governo, Senado e deputados estaduais e federais, por entender que esses partidos, essas coligações, representam nada mais que velha política: loteamento de cargos, agrupamento para horário eleitoral. Somos a única opção de renovação”, disse.
 
A fala gerou a revolta de Nogueira, que passou a cutucar Moisés ao longo do debate. “É injusto você dizer que só você enfrenta a velha política. Eu também estou aqui sozinho e enfrentando esses grupos”, reclamou.
 
Corrupção no Governo Silval
 
Os dois nanicos também criticaram Mendes e Fagundes pela corrupção na gestão de Silval Barbosa.
 
 
Onde estava o prefeito na época que Cuiabá sangrava com as obras da Copa? Nada disse em relação a essas obras, não se manifestava
Moisés apontou que Fagundes falhou na fiscalização da aplicação dos recursos federais na gestão do ex-governador Silval Barbosa. O republicano, por sua vez, rebateu e disse que legislou para “empoderar” os órgãos de controle.
 
“Nós precisamos fortalecer mesmo a fiscalização e o combate à corrupção. A função do parlamentar é fiscalizar a aplicação de recursos, sim, e houve uma falha grande na época das obras da Copa”, disse Moisés.
 
Já Nogueira questionou por onde Mendes andou enquanto as obras da Copa “rasgavam” Cuiabá e foram deixadas sem conclusão.
 
“Onde estava o prefeito na época que Cuiabá sangrava com as obras da Copa? Nada disse em relação a essas obras, não se manifestava. Nós vamos tratar isso com prioridade e concluir essas obras”, disse o candidato da Rede.
 
“Eu, como prefeito, estava cuidando da minha obrigação, que era cuidar da nossa cidade. Essas obras eram do governo”, rebateu Mendes.
 
 
Sitevip Internet
Fale conosco via WhatsApp