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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Boto do Araguaia está ameaçado, afirmam biólogos em recentes estudos

Outro perigo é a seca. Há dois anos, uma força-tarefa precisou resgatar três botos de um rio no Pará e outros nove de um rio tocantinense.

Biólogos pretendem calcular o número de botos do Araguaia. A espécie, descoberta há quatro anos, contribui para o equilíbrio natural de rios importantes no Tocantins, mas está ameaçada. A ideia é traçar um plano de proteção. Estima-se que existam apenas 1.500 bichos.

O animal vive na bacia do Araguaia-Tocantins, ao longo de quatro estados. Muitos encontros com pescadores não terminam bem. Os botos podem ficar presos em redes. “Quando a gente puxa a rede, os botos vêm comer o peixe da rede”, diz o pescador Juracy Lopes.

Outro perigo é a seca. Há dois anos, uma força-tarefa precisou resgatar três botos de um rio no Pará e outros nove de um rio tocantinense. Além disso, as sete hidrelétricas construídas ao longo do rio Tocantins acabaram isolando esses animais, o que reduz a diversidade genética deles.

“Os animais vão acabar reproduzindo entre si. O grau de parentesco entre eles vai aumentando cada vez mais. Podem ter deformidades morfológicas. Então realmente é um problema bem sério que a espécie enfrenta”, diz a bióloga do Instituto Araguaia.

Uma das estratégias para o mapeamento é usando binóculos. Se ele não funcionar, o plano é procurar os animais do alto, com o uso de drones.

Dá para identificar os botos e estudar um raio de até 5 km. As imagens aéreas ajudaram a descobrir que os botos podem estar perto das cidades. Um deles foi visto em Miracema do Tocantins, a apenas 90 km da capital.

“Aqui é um rio estreito, com corredeira e tão próximo de uma área bem urbana. Foi bem surpreendente. A gente fica feliz de encontrar os botos aqui. Agora a gente tem que trabalhar para conservá-lo”, comemora a bióloga Renata Emim
 
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