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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Taques: ''Quando você está na crise, precisa cortar despesas''

Para o governador, taxar o setor do agronegócio vai contra o crescimento do Estado

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou, na última sexta-feira (7), ser contra a taxação do agronegócio como forma de melhorar a arrecadação do Estado para superar a crise econômica.
 
Para Taques, em momentos de dificuldade financeira, a opção mais viável é cortar despesas e assim, gerar receita. É isso, segundo ele, que foi feito nos quatro anos da sua gestão.
 
“Eu sou contra a taxação do agronegócio. Quando você está na crise, você trabalha no campo da despesa. Nós cortamos R$ 1,5 bilhão em despesas. Temos um volume de gasto com custeio igualzinho a 2014. Isso mostra que nós economizamos”, afirmou o governador.
 
"Eu sou contra porque não acho que é produtivo para quem quer crescer, exportar, industrializar. É uma posição minha", disse.
 
 
Quando você está na crise, você trabalha no campo da despesa. Nós cortamos R$ 1,5 bilhão em despesas. Temos volume de gasto com custeio igualzinho a 2014. Isso mostra que nós economizamos
A taxação do agronegócio vem sendo defendida por diversas autoridades políticas, inclusive por aliados do governador eleito Mauro Mendes (DEM), entre eles, o senador eleito Jaime Campos (DEM). O novo gestor já disse estar analisando essa possibilidade.
 
Taques admitiu que Mato Grosso perde muito com a Lei Kandir, que isenta de pagamento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) os produtos primários de exportação.
 
Segundo ele, o valor repassado pelo Fundo de Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), pago pela União aos Estados como forma de compensação pelas perdas de arrecadação, é muito pequena.
 
"Se você calcular do dia que foi promulgada a Lei Kandir até hoje, Mato Grosso deixou de recolher R$ 38 bilhões. Desse total, a União devolveu apenas R$ 5 bilhões no chamado Fundo de Apoio às Exportações, o FEX. E segunda-feira (10) estaremos mendigando em Brasília o pagamento de R$ 400 milhões [do FEX]”, afirmou.
 
No entanto, segundo ele, se não fosse isso, municípios produtores como Primavera do Leste (a 242 km de Cuiabá), não seriam tão desenvolvidos.
  
“Apesar disso, imagina o seguinte: Poxoréu tinha um Distrito chamado Primavera do Leste. Atualmente, Poxoréu não tem uma loja que vende carros da Mitsubishi, da Toyota. Primavera, tem. Nos 43 municípios produtores – temos um estudo na Sefaz que aponta isso – o volume do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados] é muito maior, o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] é muito melhor, a arrecadação indireta do ICMS é mais elevada”, analisou.
 
Ainda assim, Taques evita criticar Mauro por estar avaliando a taxação. Ele se limitou a desejar boa sorte para o democrata que o derrotou nas urnas.
 
“Eu quero e desejo que o governador eleito possa fazer um governo melhor do que o nosso. É isso que nós desejamos para que Mato Grosso possa crescer. Uma pessoa que chega ao cargo de governador do Estado não pode ter sentimentos outros que não o de ajudar o seu Estado”, pontuou.
 
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