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Terça-feira, 19 de março de 2024
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UFMT nega recurso a 60 estudantes que tentaram se matricular por meio de cotas

Sessenta candidatos perderam a oportunidade de estudar na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Este é o resultado final do recurso impetrado por concorrentes que foram considerados inelegidos no mês passado. A maior parte dos vetos se deu por não preencher os requisitos necessários das cotas destinadas a negros e pardos, após passarem por uma Comissão de Verificação na instituição.

No campus de Cuiabá, foram 28 candidatos que tiveram recurso negado. Em Várzea Grande, 3. Já em Rondonópolis, Sinop e Araguaia, foram 15, 10 e 4, respectivamente. A lista com a relação dos nomes dos cinco campi pode ser acessada aqui.

Os candidatos, que se inscreveram por meio de ações de afirmativas destinados a negros e pardos, passaram por uma Comissão de Verificação para comprovar que preenchem os requisitos da cota. Eles foram avaliados de acordo com as características da pele. Após isso, a UFMT divulgou o resultado com uma lista extensa de 229 nomes que não tinham direito de se matricular por esta ação afirmativa.

Deste montante, 208 foram vetados por não preenchimento de requisitos exigidos de cotistas ou por não atenderem à convocação da UFMT para comprovação étnica. Outros 21 vetos são por motivos diversos. Mas somente 99 entraram com recurso.

Os que tiveram o recurso aceito conseguiram mudar a decisão e serão aprovados para estudar na UFMT. Para os negados, não há mais como recorrer da decisão na própria universidade. Mas os alunos podem tentar a via judicial para reverter a decisão com um mandado de segurança.

O caso das cotas causou grande repercussão no Estado, no início de fevereiro deste ano, após o ativista negro Vinicius Brasilino denunciar seis candidatos brancos ao usar cotas de negros e pardos para entrar no curso de medicina da UFMT. A universidade ainda apura o caso. O Ministério Público Federal também investiga as denúncias de fraudes no uso de ações afirmativas.

Como o  já expôs em reportagem especial, as ações afirmativas já formaram mais de 1,4 mil. O número é referente aos quatro primeiros anos a partir da entrada em vigor da política de ações afirmativas. As cotas são políticas afirmativas para que negros, indígenas e demais estudantes em estado de vulnerabilidade socioeconômica consigam acesso as universidades públicas.
 
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