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Terça-feira, 16 de abril de 2024
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Arcanjo teria enviado R$ 500 mil para a ex e o filho no Uruguai

Bicheiro foi preso durante operação da Polícia Civil nesta quarta-feira (29), em Cuiabá

O bicheiro João Arcanjo Ribeiro teria usado dinheiro do jogo de azar para pagar pensão à ex-mulher Sílvia Shirata e o filho, João Arcanjo Ribeiro Filho, que moram no Uruguai.

 

De acordo com o delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Fazendária (Defaz), foram identificadas transferências para os dois em valores que somam R$ 500 mil.


 

“Foi identificado transferências de R$ 500 mil para o Uruguai tendo como destinatários Sílvia Shirata e João Arcanjo Filho. Ele [Arcanjo] utilizava dinheiro do jogo do bicho para mandar uma espécie de pensão para essas duas pessoas que estão no exterior”, disse o delegado.

Arcanjo foi preso na manhã desta quarta-feira (29) durante a Operação Mantus. Ele é suspeito de liderar, junto com o genro Giovanni Zem Rodrigues – que também foi preso -, uma organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro e com o jogo do bicho.

Na decisão que mandou prender os acusados, o juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara de Cuiabá, detalhou que as transferências foram feitas via casa de câmbio Western Union.

 

Conforme a decisão, após solicitadas informações à empresa de câmbio, verificou-se que, entre os anos de 2014 e 2018, outros supostos integrantes da organização criminosa - identificados como Agnaldo Gomes de Azevedo, Paulo Cesar Martins e Marcelo Gomes Honorato - remeteram para Sílvia e João Arcanjo Filho, com o devido recolhimento de impostos, o valor de R$ 42,5 mil e R$ 65,6 mil, respectivamente.

 

“Desta informação, conclui-se que, de forma induvidosa, o investigado Arcanjo utiliza os demais integrantes de sua organização criminosa para remeter dinheiro aos seus familiares, no exterior, dinheiro obtido ilicitamente com o jogo do bicho”, diz trecho da decisão.

 

A operação 

 

Além do suposto grupo comandado por Arcanjo e Giovanni, a operação também atingiu outra suposta organização que seria liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho. Os dois grupos disputavam "acirradamente" o espaço do jogo do bicho no Estado, conforme a Polícia. 

 

Segundo o delegado Luiz Henrique Damasceno, a investigação começou em agosto de 2017, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia de um colaborador que não quis se identificar sobre a permanência e continuidade do jogo do bicho em Cuiabá. 

 

No total, a operação cumpriu 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar. 

 

As ordens judiciais foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e em mais 5 cidades do interior do Estado. 

 

Arcanjo foi preso na sua residência e Giovanni, no aeroporto de Guarulhos (SP), com apoio da Polícia Federal. Já Frederico foi preso em seu apartamento. 

 

Os suspeitos devem responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.

  

 
 
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