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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Riva critica ''pirotecnia'' e diz que filho paga preço pelo sobrenome

Segundo o ex-deputado, seu filho realizou curso e possui o certificado que é questionado pela Defaz

Riva critica ''pirotecnia'' e diz que filho paga preço pelo sobrenome

Foto: Alair Ribeiro/Mídia News

O ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva classificou como “pirotecnia” a Operação Especialista, deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) na manhã desta quinta-feira (9) e que teve como alvo o seu filho, o médico José Geraldo Riva Júnior.
 
A ação apura a suspeita de que Júnior tenha apresentado documentação falsa para obtenção de certificado de título de especialista em Medicina de Tráfego, junto ao Departamento do Trânsito de Mato Grosso (Detran).
 
Segundo o ex-deputado, não há que se falar em qualquer tipo de ilegalidade praticada por seu filho. Ele garante que o médico fez o curso que é questionado pela Defaz e possui o certificado de conclusão.
 
“É mais uma pirotecnia. Se ele chamasse José Geraldo de Oliveira, essa operação não existiria. O problema que ele chama José Geraldo Riva. É uma forma de expor. Infelizmente, não há tratamento isonômico. Se seu sobrenome for Riva, o tratamento é um. Se não for, o tratamento é outro”, disse o ex-deputado ao MidiaNews.
 
 
É mais uma pirotecnia. Se ele chamasse Jose Geraldo de Oliveira essa operação não existiria. O problema que ele chama José Geraldo Riva. É uma forma de expor. Infelizmente, não há tratamento isonômico
Segundo Riva, seu filho não foi procurado em momento algum antes da operação para que pudesse apresentar o certificado.
 
“Se pedisse o certificado, ele entregaria, não tinha necessidade de fazer essa exposição. Muita sacanagem. Não tem nada falso. O Júnior é uma pessoa extremamente correta”, disse Riva.
 
“Vejo isso com muito pesar. É o nome. Se fosse outro não teria passado por isso: chegar 10 policiais entrar na sala onde ele estava atendendo as pessoas. Uma desmoralização. Ir na casa dele, tirar foto da casa dele, mandar para imprensa. Se fosse outro não fariam isso”, acrescentou o ex-deputado.
 
Ainda segundo José Riva, seu filho realizou o curso entre 2012 e 2013, sendo submetido a uma prova em Gramado (RS) e o curso foi desenvolvido em Cuiabá, no Hotel Deville, numa parceria com a PUC (Pontifícia Universidade Católica).
 
Ainda segundo ele, outros profissionais do Detran – que não foram alvo da operação – também realizaram o mesmo curso que Riva Júnior.
 
Operação
 
Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão contra José Geraldo Riva Junior: em seu escritório, no Detran e em sua residência.
 
Segundo a Defaz, a PUC de Goiás afirmou em um ofício que não emitiu título de especialista ao Riva Junior, pois ele não concluiu uma das disciplinas do curso, encaminhando cópia do histórico escolar.
 
Em razão dessas informações, o certificado apresentado ao Detran seria supostamente falso.
 
O certificado foi usado pelo investigado para se credenciar junto ao Detran de Mato Grosso, por meio da empresa Perimetran Perícias Médicas de Trânsito, do qual o médico é sócio, e, assim, estaria realizando exames de aptidão física e mental de candidatos a condução de veículos sem possuir os requisitos necessários para tal função.
 
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