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Sábado, 20 de abril de 2024
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Produtores de MT temem perdas da produção após fardos de algodão de lavouras queimarem em lavoura

Em média, os fardos ficam na lavoura por até 35 dias e depois são transportados para uma unidade de beneficiamento. Mas, com medo de perder a produção,

Produtores de MT temem perdas da produção após fardos de algodão de lavouras queimarem em lavoura

Foto: Reprodução

A colheita de algodão está praticamente encerrada no estado, mas ainda é possível ver muitos fardos nas lavouras. A prática é comum, deixar a pluma no campo até que seja levada para a indústria, mas é um risco, já que neste período de queimadas, muitas lavouras pegam fogo e foi o que aconteceu em uma área de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, onde infelizmente centenas de fardos foram destruídos.

No sul do estado, os incêndios em áreas rurais têm gerado prejuízos aos produtores. Nos casos mais graves, fardos de algodão foram queimados e animais foram feridos pelo fogo.

Imagens feitas por pessoas que estavam na fazenda, logo após o incêndio. Duzentos e cinquenta fardos de algodão queimados.

Um prejuízo de um R$ 1,6 milhão. O fogo começou na palha de milho de uma propriedade vizinha e o vento levou as chamas até o algodão. Um maquinário, usado para conter o incêndio, terminou desse jeito. dos fardos, que tem mais de duas toneladas cada um, sobraram apenas cinzas. funcionários resfriaram o local por vários dias, pra evitar novos prejuízos.

Depois da colheita, essa é uma cena comum na região Sul de Mato Grosso. Em média, os fardos ficam na lavoura por até 35 dias e depois são transportados para uma unidade de beneficiamento. Isso acontece porque falta espaço para tanta produção. Além disso, deixar o produto assim, espalhado no campo, também é uma estratégia de segurança.

"Não adianta a gente retirar esses fardos do campo e concentra todo esse risco nas algodoeiras, porque daí você vai ter uma quantidade muito maior de algodão, em um local muito menor", disse o produtor rural André Maraschin.

Em uma algodoeira em Campo Verde, o ritmo de trabalho é acelerado. É preciso liberar espaço no pátio, para receber o algodão que ainda está na lavoura.

O número alto de queimadas no estado pode ser um risco para produtores que ainda não tiraram os fardos das áreas de colheita.

"Tem que cuidar, ficar monitorando, ter pessoas olhando e tal, pra você tentar fazer uma remoção mais rápida quando acontece um incidente desse. mas, infelizmente, não tem muito o que fazer", afirmou Maraschin.

O fogo também gera prejuízos para os pequenos produtores do estado. Em Rondonópolis, 12 hectares de um sítio foram queimados. O pasto servia como alimento para o gado, que também foi atingido.

Das dez cabeças, uma morreu e o restante dos animais ficou ferido. A produtora rural Aparecida Fabiano Rocha cuida de cada um deles. Ela tem utilizado uma mistura que ela mesma faz, com babosa, alho e água.

"O veterinário recomendou porque é hidratante, a babosa, e aí a gente uniu as duas coisas e vamos continuar fazendo até elas sararem totalmente", afirmou.

O veterinário Túlio Sarro disse que a recuperação dos animais é lenta. "O mais importante hoje é hidratá-los. Fornecer água, alimento, duas vezes ao dia, e ficar em cima tratando para aumentar a imunidade dele", orientou.
 
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