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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Ex-Sesp vira réu pela acusação de ameaçar delegado no Big Lar

Rogers Jarbas teria perseguido e provocado Stringueta no interior do supermercado, em março de 2018

Ex-Sesp vira réu pela acusação de ameaçar delegado no Big Lar

Foto: Mídia News

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) contra o delegado e ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Elizandro Jarbas, por uma suposta ameaça ao também delegado Flavio Stringueta.
 
A decisão é desta quinta-feira (17). Com isso, Jarbas se torna réu na ação penal e responderá pelo crime previsto no artigo 344 do Código Penal. 
 
O artigo estabelece que é crime “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral”. A pena prevista é de um a quatro anos de reclusão e multa.
 
“Recebo a denúncia oferecida em face do réu Rogers Elizandro Jarbas, [...] por satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”, determinou o magistrado.
 
Stringueta comandou a Operação Esdras, desencadeada em 2017, que desbaratou um grupo acusado de tentar obter a suspeição do desembargador Orlando Perri no caso conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Entre os presos, estava o ex-secretário.
 
O caso refere-se a um fato ocorrido no dia 28 de março do ano passado, no interior do Supermercado Big Lar.
 
Na ocasião, o ex-secretário passou a monitorar Stringueta, na tentativa de “mapeá-lo” em dois momentos. Na saída do mercado, ele interpelou Stringuetta e o teria ameaçado.
 
Compartilhamento do depoimento
 
As delegadas Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira Siqueira – que apuram no crime na Polícia Civil - haviam pedido, nos autos da ação, cópia do depoimento feito por Rogers Jarbas ao magistrado da Sétima Vara.
 
Jorge Tadeu acatou o pedido, sob a alegação de “que não há qualquer impedimento para o compartilhamento de provas e, que o Ministério Público, intimado, não apresentou nenhuma objeção”.
 
Denúncia do MPE
 
O Ministério Público ofereceu denúncia contra Rogers em setembro deste ano. Após as tentativas de intimidação no interior do supermercado, o ex-secretário ainda procurou a vítima no estacionamento provocando uma discussão, chamando-o de “safado” e instando-o a resolver as coisas de “homem pra homem”.
 
O ex-secretário ainda teria dito que sua prisão foi uma armação do desembargador Orlando Perri, e que a delegada Alana Cardoso teria mentido em seu depoimento para prejudicá-lo.
 
As imagens do circuito interno, de acordo com a denúncia, demonstram que a investida de Rogers teve requinte de premeditação, segundo a denúncia.
 
 
 
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