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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Geller deve ser alvo de inquérito sobre compra de votos em 2014

Delator diz diz JBS pagou R$ 30 mi para ajudar a convencer parlamentares a eleger ex-deputado

O deputado federal Neri Geller (Progressistas) deve ser um dos alvos do inquérito aberto pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, para apurar uma possível compra de votos para a eleição de Eduardo Cunha (MDB) à eleição da Câmara entre o final de 2014 e início de 2015.
 
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (09) pela coluna Radar Online, da Revista Veja.
 
A abertura do inquérito foi um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) com base na delação premiada de executivos do grupo empresarial JBS, como Ricardo Saud.
 
De acordo com a revista, Geller, quando ministro da Agricultura da Gestão Dilmar Rousseff (PT), baniu do mercado o uso de “avermectinas”, um agrotóxico poderoso barrado em outros países. A decisão teria impulsionado as exportações da J&F aos EUA.
 
As suspeitas dão conta de que a decisão de Geller foi o fato gerador que levou ao pagamento de R$ 30 milhões em propina pela J&F a deputados federais.
 
O dinheiro seria usado para ajudar a convencer os parlamentares de que a eleição de Cunha seria a melhor opção "para fazer contraponto a então presidente Dilma Roussef", segundo o delator.
 
Outro que será alvo da investigação é o deputado federal Carlos Bezerra (MDB). Ele será um dos parlamentares envolvidos no suposto esquema de compra de votos.

Eduardo Cunha está preso desde abril de 2016 por acusações de corrupção.
 
Citado em conversa

 
No final de novembro, Geller ganhou as manchetes nacionais ao ser citado em uma conversa que trata de esquema de propina entre a empresa JBS e o Partido dos Trabalhadores, em 2014.
 
Interceptações telefônicas feitas com autorização da Justiça indicam pagamento de R$ 6,5 milhões da empresa de Joesley Batista para o PT. As supostas transações financeiras são investigadas pela Polícia Federal. As interceptações datam de 21 de novembro de 2014, quase um mês depois do segundo turno da eleição.
 
A conversa que cita Neri Geller acontece entre Edinho da Silva, na época coordenador financeiro da campanha de Dilma e hoje prefeito de Araraquara (SP), e Ricardo Saudi, executivo da J&F, controladora da JBS.
 
Outro lado
 
A assessoria de imprensa do parlamentar divulgou nota negando a acusação. Leia abaixo:
 
O líder da bancada, deputado federal Neri Geller, esclarece que nunca manteve qualquer tipo de vínculo ou proximidade com Eduardo Cunha e reitera que sua  indicação ao Ministério da Agricultura se deu pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), pelo seu perfil técnico, na condição de produtor e empresário, ou seja, sem nenhum vínculo direto com partidos. A assessoria jurídica do parlamentar tomará as medidas cabíveis.
 
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