Abarca do MDB em Cuiabá não está sem condutor, segundo o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que não economiza críticas aos correligionários e defende que aliado o Francisco Faiad continue na presidência na Capital. Para ele, que garante continuar na sigla, o partido precisa retomar a identidade histórica de diálogo com “as massas” e enalteceu o líder Carlos Bezerra “que simboliza isso”.“Não há menor possibilidade de discutir MDB se mexer com Faiad na presidência. Não existe disputa, o presidente é Faiad, ele não traiu o partido e apoiou o candidato do partido”, disse Emanuel em entrevista à Rádio CBN, nesta terça (12).
A reação se deve ainda às mágoas da campanha à reeleição na qual enfrentou resistência dentro do partido como o rompimento com a deputada estadual Janaina Riva (MDB) que apoiou Roberto França (Pode). Após cravada a vitória do prefeito, Janaina, com aval de Bezerra, anunciou a destituição de Faiad do diretório municipal que passaria a ser liderado por ela.
Ele defende que o partido reconheça “novas lideranças” e citou o presidente da Câmara, Juca do Guaraná.
“Não pretendo deixar o MDB, ao contrário, quero ajudar que o MDB não perca a ligação com o povo. A história do Bezerra simboliza isso. Quero que o MDB volte a ser o MDB, não essa sigla que se transformou”.
Emanuel que as crises internas estavam prestes a serem resolvidas, mas os problemas foram acentuados por conta da questão do VLT. Ele considerou uma “traição” da bancada do partido na Assembleia por ter aprovado a mudança do modal VLT para o BRT, conforme decidiu o governador Mauro Mendes (DEM).
“Precisamos conversar, lavar a roupa suja, identificar o porquê da traição, ninguém quer viver em crise. Quando parece que vamos encontrar um caminho, vem o VLT. O partido não tem que ser do governador, tem que ser do povo”, concluiu.