Diante da possibilidade de os auxílios emergenciais à população e aos estados e municípios não serem renovados pelo Governo Federal, o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, afirmou que o estado de Mato Grosso não será prejudicado. Segundo ele, as contas estão em dia e, inclusive, a arrecadação do mês de janeiro de 2021 foi melhor do que a do mesmo mês em 2020.“Nós estamos preparados para enfrentar essa segunda onda da pandemia. Óbvio que ainda não se sabe a extensão dela e se de fato nós vamos ter muitas atividades de paralização, se vão ter decisões de paralização da atividade econômica. Mas Mato Grosso está preparado, do ponto de vista do equilíbrio, do que nós conseguimos ao longo desses dois anos de gestão do governador Mauro, de colocar o Estado numa condição de gastar... como gastou menos do que arrecadou, de ter aí reservas financeiras que nos permitem atravessar um momento de turbulência”, declarou Gallo.

 Apesar da fala esperançosa, o secretário afirmou que a tranquilidade será possível caso o maio número de pessoas seja vacinado o mais rápido possível. “Nós estamos aguardando todas essas medidas, qual vai ser o papel também que o Governo Federal vai autorizar os estados a fazerem nessa questão das vacinas. É importante [saber] qual é a participação. O governador já consultou o ministro da Saúde para verificar se nós podemos fazer contatos diretos com laboratórios e aquisição. Esperamos ter uma resposta positiva, porque se tiver nós vamos fazer uma compra bastante significativa de vacinas também”, completou.

Especificamente em relação ao fim dos auxílios, Gallo garante que não impacta a situação estadual. “Mato Grosso tem um nível de atividade econômica superior aos demais estados, porque a gente produz proteína animal, proteína vegetal, que tem uma grande e forte demanda mundial. [...] No mês de janeiro, nós estamos monitorando diariamente, até o presente momento, a atividade econômica que acaba sendo um termômetro da atividade econômica geral, a construção civil, ela ainda não experimentou em Mato Grosso qualquer impacto. Nós estamos ainda em janeiro de 2021 acima do que foi consumido pelas pessoas em janeiro de 2020, quer dizer, no período pré-pandemia, a gente tem, e também obviamente acompanhando a atividade de vendas de supermercado, também acima do que foi gasto no mesmo período do ano passado, então ainda não sentimos”.

A situação, no entanto, pode se tornar preocupante, caso as vacinas não cheguem a tempo. “Se tivermos a necessidade de adotar medidas mais restritivas, que eu espero que não chegue a isso, obviamente, aí vai impor algum tipo de sacrifício. Mas Mato Grosso está preparado, o Estado, o Governo está preparado, e nós esperamos que nosso nível de atividade econômica também não sofra, porque até o presente momento não sofreu”, finalizou.