O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) defendeu que seja firmado um pacto político administrativo do governador Mauro Mendes (DEM) com os prefeito de Cuiabá e Várzea Grande, Emanuel Pinheiro (MDB) e Kalil Baracat (MDB), respectivamente, para que as obras do BRT (Bus Rapid Transit) ganhe viabilidade e seja concluída para atender a população usuária do transporte coletivo.
"Essa obra só vai sair com muito esforço e união política. Tem que romper as diferenças políticas e cada um assumir o papel de estadista. O trabalhador que depende do sistema de transporte coletivo quer a obra concluída e o modal funcionando. Tem que sentar, romper as divergências e trabalhar em prol da população ", disse. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (3) durante entrevista à Rádio CBN em Cuiabá.
Logo após Cuiabá ser escolhida sede da Copa do Mundo de 2014, ainda em 2009, Wilson Santos, naquela época no exercício do mandato do prefeito de Cuiabá, assinou a intenção de construir o BRT juntamente com o então governador Blairo Maggi e o prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos, em dois trajetos que seriam CPA/Aeroporto e Coxipó Centro.
No entanto, a troca do modal foi substituída por questões meramente políticas e pautado por interesses não republicanos. "Na época, a Assembleia Legislativa, por meio de 22 deputados, convenceu o governador Silval Barbosa a patrocinar a alteração. Essa mudança foi feita para roubar, saquer os cofres do Estado. O próprio Silval admitiu em delação que recebeu R$ 18 milhões de propina de uma única empresa", destacou.
Após o governador Mauro Mendes anunciar em dezembro que não levaria adiante as obras do VLT para assumir o projeto do BRT, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei complementar que permitiu ao Executivo alterar o objeto do contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF). A expectativa é que até em maio seja lançado o RDC (Regime Diferenciado de Contratação) para seleção das empresas que irão executar a obra.