No mercado do Rio Grande do Sul, de acordo com a TF Agroeconômica, as indústrias estão intensificando as indicações para abril, por causa do frete. “Pode-se dizer que a principal queixa das tradings e cerealistas nesta terça-feira tem nome e sobrenome: alta dos fretes. No Estado do Rio Grande do Sul não foi diferente e ouvimos ao menos três relatos de que os fretes por lá sobem “diariamente”, e que se encontram cerca de 28% mais caros em relação a um mês atrás”, comenta a consultoria. Santa Catarina registrou negócios pontuais a R$ 81,00 e R$ 82,00 em direção às indústrias. “No Estado de Santa Catarina, as negociações foram pontuais e, mais uma vez, quase que unicamente em direção a grandes compradores, especialmente ligados à avicultura. Diferentemente de outras temporadas, quase não é visto o milho originado de outros estados, situação especialmente ligada aos fretes, e que trava aqueles milhos que poderiam ser originados do Mato Grosso do Sul e Paraná, por exemplo”, completa.
No Paraná, o porto com melhores preços não foi suficiente para animar o produtor. “Com as altas do dia em Chicago na soja, o milho parece ter sido deixado “de lado” por trading e cerealistas, que preferiram negociar a oleaginosa e assim buscar por melhores margens em seus resultados. Houve pouquíssimos negócios, e até as indicações estiveram mais escassas. Um de nossos correspondentes comentou sobre a falta de quotas na ferrovia, o que para ele inviabiliza em especial negócios vindos do Mato Grosso do Sul. Essa situação, segundo o mesmo prevê, deve perdurar até pelo menos o final de março”, conclui.