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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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TRF livra ex-governador de MT de investigação por ''impedir delações''

Blairo Maggi era investigado por tentar impedir delações de Silval Barbosa e de Eder Moraes

TRF livra ex-governador de MT de investigação por ''impedir delações''

Foto: Reprodução

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) acolheu pedido da defesa do ex-governador e ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), e trancou uma investigação contra ele, que era acusado de tentativa de obstrução de Justiça aos trabalhos da Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) em inquérito da Operação Ararath. A decisão é de dezembro do ano passado e continua sob segredo de Justiça.

Quando ainda exercia o cargo de ministro da Agricultura, Blario foi alvo de mandado judicial expedido pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cumprido em setembro de 2017 na Operação Maleabolge (12ª fase da Ararath). Naquela ocasião, Fux afirmou que eram “veementes os indícios quanto ao cometimento do crime de obstrução de investigação de crimes de organização criminosa por parte de Blairo Borges Maggi”.No pedido de busca e apreensão enviado ao Supremo em 2017, o Ministério Público Federal (MPF) citou outro caso que envolvia Blairo Maggi e que também foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa. Segundo o MPF, Blairo Maggi teria oferecido vantagens a Silval, logo após sua prisão na operação Ararath.

"Blairo Maggi teria enviado seu suplente, o senador José Aparecido dos Santos (Cidinho Santos), como emissário de uma mensagem para Silval Barbosa, no presídio onde estava preso. Cuidar-se-ia de uma promessa de que a Operação Ararath seria anulada perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cumulada com um conselho para evitar o caminho trilhado por José Geraldo Riva, que, segundo o senador, havia confessado crimes, e mesmo assim foi condenado a penas altas", escreveu Luiz Fux em trecho da decisão. O diálogo com Cidinho Santos foi gravado por Silval e o áudio entregue ao Ministério Público Federal.

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Blairo Maggi foi acusado de ter comprado o silêncio do ex-secretário estadual de Fazenda, Éder de Moraes Dias, preso na operação Ararath ainda em 2014. Segundo narrado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia indicativos de que Blairo se envolveu na compra da retratação de Éder Moraes Dias, que foi preso pela Polícia Federal e teria prestado depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE). "Acordou-se o pagamento de R$ 6 milhões, dos quais metade seria paga por Silval Barbosa e a outra metade por Blairo Maggi", dizia a decisão do ministro Fux.

Depois que Blairo deixou de ser ministro, a investigação contra ele passou a tramitar na 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, sob titularidade do juiz Jeferson Schneider. A defesa recorreu ao TRF-1 e agora conseguiu trancar a investigação.

Em fevereiro deste ano, o TRF também já havia concedido um habeas corpus para trancar uma ação penal contra Blairo Maggi que era processado por crime de corrupção ativa acusado de participação na suposta compra de uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), que passou a pertencer a Sérgio Ricardo em maio de 2012.
 
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