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Sexta-feira, 19 de abril de 2024
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Fora de relatoria, Paccola diz que espera trabalho sério de CPI

Vereador de oposição afirma que primeiro passo será visita de Comissão a depósito da Prefeitura

Fora de relatoria, Paccola diz que espera trabalho sério de CPI

Foto: Reprodução

Eleito membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos Vencidos, o vereador Marcos Paccola (Cidadania) afirmou que espera que o fato do presidente e do relator serem da base não atrapalhe o andamento das investigações.

Apesar do coro da oposição em torno do nome de Paccola, a relatoria da CPI ficou com o vereador Marcus Brito (PV), enquanto o presidente será o vereador Lilo Pinheiro (PDT), que foi autor do requerimento.

Como suplentes, ficaram os vereadores Luiz Fernando (Republicanos), Kássio Coelho (Patriota) e Cezinha Nascimento (PSL).

“Não sou iludido ou fico criando expectativa para não gerar decepção. Eu já esperava que alguém da base seria emplacado como relator e não foi diferente”, disse Paccola.“Agora, a minha expectativa é de que a CPI siga o mesmo caminho das investigações instauradas pelos órgãos competentes, de elucidação dos fatos, identificação e responsabilização proporcional de cada um, com a devida comprovação de autoria e circunstância dos fatos”, completou.

Um dos primeiros passos da Comissão deverá ser visitar o Centro de Distribuição de Medicamentos de Cuiabá (CDMIC), onde a situação dos remédios e insumos vencidos foi flagrada pelos vereadores da oposição, no final de abril deste ano.

Segundo Paccola, é preciso que os demais membros vejam pessoalmente as pilhas de lotes vencidos encontrados no local. No entanto, a definição sobre os depoimentos a serem colhidos pela CPI ainda será feita em reunião futura.

Sem relatoria

Alguns membros da oposição lamentaram que a relatoria não tenha sido dada a Paccola, mas o vereador afirmou que seria leviano de sua parte dizer que a perda do cargo possa atrapalhar as investigações.

“Isso vai depender de como o vereador Marcus Brito vai relatar. Não tem como falar de algo que não ocorreu. Ele foi eleito pelo Colégio de Líderes para ser o relator e só vamos saber na hora que tiver a relatoria conclusa se houve ou não prejuízo aos trabalhos. Eu espero que não aconteça dessa forma”, afirmou.

“Prefiro aguardar para ver como Marcus Brito e Lilo Pinheiro vão se comportar ao longo da CPI. Se lá na frente for uma CPI 2 a 1, serei o primeiro a dizer. Se caminhar no sentido contrário do que eu acredito que tem que ser feito, serei o primeiro a dar publicidade a isso”, afirmou.

Paccola afirmou compartilhar da visão dos colegas de que, mais uma vez, a oposição foi “engolida” pela base, mas negou que isso o tenha decepcionado.

“Eu sinceramente ficaria surpreso se a decisão fosse contrária. Hoje a base do prefeito tem praticamente 20 vereadores dentro da Câmara. Tudo que depender de maioria, eles vão tomar a decisão e ela vai ser consolidada no Colégio de Líderes ou no plenário”, disse.

“Eu entendo que essa é a regra do jogo e devo aceitar. Cabe à população avaliar as atitudes que são tomadas por cada um dos vereadores para definir se está se sentindo bem representada ou não”, completou.
 
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