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Falta de gestão e planejamento pode ter deixado São José do Xingu ilhado devido as péssimas condições das rodovias

Redação Agência da Notícia com Noticia dos Municípios

26/02/2022 - 09:41

Falta de gestão e planejamento pode ter deixado São José do Xingu ilhado devido as péssimas condições das rodovias

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Foto: reprodução

As rodovias MT’s 437 conhecida como “Estrada da Mata” bem como a MT-430, que liga a região do Bituca com o Posto Sucupira e consequentemente com a cidade de São José do Xingu estão há quase 5 dias literalmente interditadas devido as fortes chuvas que caem sobre a região.

As filas quilométricas de carretas que escoam grãos e gado produzidos no município avança estradas a fora, ate mesmo os ônibus que fazem linhas regulares ligando São José do Xingu a Confresa, Espigão do Leste e Peixoto de Azevedo deixaram de circular no município que vive o maior caos em transporte jamais registrado nas últimas décadas.

Problemas semelhantes, mas de menor gravidade ocorreu no primeiro ano de mandato do então ex-prefeito Luiz Castello, isso há cinco anos atrás devido os mesmos problemas, mas com um forte toque de gestão as estradas não chegaram a serem cortadas pelas chuvas e nem seu trânsito interrompido, a atuação antecipada e planejamento previu e agiu em tempo hábil. Há época foi formada uma força tarefa para resolver a demanda.

Segundo apurou a reportagem do Site Notícia dos Municípios, a situação este ano se agravou ainda mais devido a ”teimosia” da atual gestor Sandro Luz (DEM) que deixou o tempo passar e preferiu não ouvir a classe produtora do Xingu, comerciantes e boa parte dos vereadores tanto de oposição como da situação que há pelo menos oito meses vinham insistentemente indicando ao prefeito a necessidade de realizar ainda em 2021 o encascalhamento e o levantamento das referidas estradas prevendo o caos que poderia ocasionar em 2022, dito e feito.

Falta de Planejamento e gestão pode ter deixado São José do Xingu isolado do resto de Estado

Segundo alguns munícipes que preferem o anonimato temendo represálias, caso o gestor juntamente com o secretário de obras do município, Fábio Condão, tivessem ouvido o clamor da população e os empreendedores mais experientes da região e efetivado o trabalho de prevenção de forma antecipada, mesmo em período chuvoso as estradas não teriam sido cortadas ao meio impedindo a trafegabilidade de carretas e caminhões e nem criado longos e intermináveis atoleiros, naturalmente a situação poderia ter sido outra.

O levantamento das estradas vicinais e das MT’s, poderia ser realizadas antecipadamente em parceria com o governo do Estado através da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e o Consórcio Regional de Desenvolvimento Econômico e Social da região, que possui maquinários homens e estrutura disponível para atuar nesse tipo de demandas.

Segundo apuramos apenas no ano passado a Prefeitura de São José do Xingu chegou a realizar 5 patrolamento das referidas rodovias, desta feita; conseguindo manter a “boa” aparência e a sensação de que tudo estava em perfeito estado de conservação, mas as primeiras chuvas contrapôs o feito e trouxe as claras a ‘maquiagem’ paliativa.

Máquinas da Prefeitura nos pontos críticos, mas chuvas não dão trégua  

“Apenas patrolar as estradas não resolve, ela afunda cada vez mais e no período de chuva resulta nessa ‘merda’ que estamos presenciando, o correto seria ter levantado e encascalhado toda ela uma vez só, dinheiro não falta pra isso, faltou gestão e competência”. Desabafou um comerciante da sede do município que pediu para não ser identificado após entrar em contato com nossa reportagem.

Para ser ter uma ideia do tamanho do estrago e da gravidade há mais de uma semana um produtor de nome Sadi Frosa que planta grãos em media escala na região de Sete Ranchos, Girão, Zé Barbosa e nas glebas Iasmim e Amoré, inclusive contribui significativamente com o Fethab (impostos) esta há vários dias com uma plantadeira em cima de uma prancha no Distrito de Santo Antônio do Fontoura pagando frete caríssimo esperando uma solução por parte da Prefeitura arrumar a estrada para seguir viagem ate suas lavouras.

Segundo informações o trecho da MT-437 (Estrada da Mata) é de apenas 44 KM ate a sede do município, já o trecho da MT-430 ate o posto Sucupira são de 30 km.  A MT-322 que liga São José do Xingu a região de aldeias indígenas também esta em péssimo estado de conservação e com vários atoleiros.

Empresas de Ônibus de linhas regulares não resistem ao prejuízo e param de circular

No fechamento desta edição nesta sexta-feira (25.02) por volta das 13.30h recebemos a informação que após esperarem por mais de 5 dias por uma solução, o que não ocorreu, os carreteiros resolveram fechar definitivamente a Estrada da Mata e a partir de então ninguém mais passa, antes alguns carros pequenos ainda conseguiam passar mesmo arrastados por maquinários.

Com a estrada da Mata e a do Posto Sucupira interditadas São José do Xingu passa a ficar literalmente isolado, a revolta o desconforto e a tensão começa a aumentar em toda a região, principalmente entre os carreteiros que transportam grãos sobre rodas, comerciantes e moradores do município de São José do Xingu.

O OUTRO LADO

Nossa reportagem entrou em contato com o prefeito de São José do Xingu, Sandro Luz, via mensagem de voz através do aplicativo whatapp para saber o que a Prefeitura esta fazendo para resolver a situação e oportunamente abrir espaço para ele falar sobre o assunto.

Sandro Luz, prefeito de São José do Xingu

O prefeito nos informou que: Em relação à Estrada da Mata desde o ano passado, a Prefeitura esta trabalhando na manutenção dela, inclusive nos últimos meses de 2022, que os pontos críticos são exatamente onde minou água e passou por cima do aterro.

Entre as perguntas o prefeito preferiu dar ênfase à possibilidade das duas MT’s serem asfaltadas em breve através do Governo do Estado, cujos projetos acabaram de ser montado e protocolado junto a Sinfra, mas que ainda deverá ser submetido ao longo do tempo por Apreciação Avaliação Aprovação Licitação Ordem de serviço e por último execussão da obra.

Referente ao momento crítico das estradas de chão o prefeito se limitou a informar que sua gestão esta empenhada para manter a estrada trafegável e que esta conseguindo manter, que devido o fluxo de carretas pesadas com a chuva o aterro cedeu e tirou todo o cascalho e a estrada, que na região as chuvas não estão dando tréguas chegando a chover em torno de 143 milímetros.

Sandro também alega que foi a Secretaria de obras que interditou a estrada nesta manhã de sexta-feira para concluir o serviço e não os caminhoneiros como estamos noticiando, que o ponto mais crítico é no córrego 3 cruzes, mas que ainda hoje a Prefeitura consegue liberar o trânsito para as carretas.

Sobre a estrada que liga a região do Posto Sucupira, o prefeito alegou que existe uma empreiteira contratada pelo Governo de nome Rética, responsável para dar encascalhar e levantar toda a estrada e que para essa finalidade existe um contrato que “ele” conseguiu junto ao governo do Estado na ordem de R$ 10,5 milhões, desde a região do Natanael ate o Alô Brasil totalizando 190 km, mas que a empresa já chegou atrasada próximo ao no período chuvoso.

O prefeito ressaltou também que a referida empreiteira começou a fazer alguns trabalhos de levantamento mas ainda não conseguiu concluir todo trecho devido sua extensão e por não ter maquinários suficientes para o trabalho.

Finalizando o prefeito Sandro Luz disse ver o isolamento do seu município como sendo pontual e não por falta de organização, ele também alerta que as chuvas irão continuar e que a Prefeitura vai continuar trabalhando. Pontoou.
 
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