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Deputado admite que ''Rei da Soja'' pode ser convocado por CPI

Alexandre César, presidente da comissão, afirma que investigação é ''mais ampla'' e vai além de débitos fiscais

Agência da Notícia com Mídia News

18/11/2014 - 14:17

 O deputado estadual Alexandre César (PT), presidente da CPI criada para investigar suspeitas de fraude e simulação de negócios na Cooamat (Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso), descartou a possibilidade de novos rumos na investigação.

O produtor rural Eraí Maggi (PP), sócio da cooperativa, conhecido como "Rei da Soja", e principal alvo da denúncia apresentada pelo deputado José Riva (PSD), pode ser convocado a prestar esclarecimentos.

“Se a comissão entender que é preciso ouvi-lo, seja no sentido de buscar esclarecer pontos que estão apresentados nas denúncias, seja para trazer novas informações para o processo, vamos deliberar nesse sentido. Mas isso tem ser requerido”, afirmou o parlamentar.

Na segunda-feira (17), o relator adjunto da comissão, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), afirmou que obteve uma certidão que confirmaria que a cooperativa está “em dia com os débitos fiscais”. Para ele, a CPI deve tomar outros rumos com o passar das investigações.
"Acho que débito fical é mais um elemento importante, mas não podemos, por conta disso, simplesmente, entender que não há objeto para investigação"
“Nós temos que concluir o que foi proposto. É um argumento que pode ser utilizado e será avaliado pela CPI. O conjunto dos elementos que forem trazidos pelo deputado será objeto de apreciação pelo relator e, depois, pelo conjunto da comissão”, afirmou o deputado petista.

Segundo Alexandre César, a investigação instaurada na Assembleia é mais “ampla” e vai além des débitos fiscais.

“Acho que é mais um elemento, um elemento importante, mas não podemos por conta disso, simplesmente entender que não há objeto para investigação. Até porque a investigação que se propõe é mais ampla, no sentido de investigar sonegação fiscal, no âmbito do cooperativismo em Mato Grosso”, disse.

Reunião

Os membros da comissão se reúnem na tarde desta terça-feira (18) para apresentar os primeiros requerimentos.

De acordo com Alexandre César, os deputados fizeram um “pacto” para dar celeridade nas investigações, que têm prazo de mais 40 dias.

“Nós pactuamos, no dia da instalação da CPI, que a reunião de hoje seria voltada a otimizar os trabalhos, por conta do tempo curto que temos. Então, o propósito dessa reunião é que todos os deputados apresentem hoje os seus requerimentos”, disse.

Com os requerimentos encaminhados ainda hoje, os deputados planejam, já para a próxima terça-feira (25), marcar as oitivas da CPI.

Passo a passo

Os deputados que investigam a cooperativa ligada a Eraí Maggi têm até o dia 31 de janeiro e3 2015, dia em que termina a atual legislatura, para encerrar a CPI.

Com a conclusão das investigações, o relator, deputado Emanuel Pinheiro (PR), conclui um relatório que será votado pela comissão.

Em seguida, esse relatório será submetido àa apreciação dos deputados em plenário. Caso aprovado, seguem os procedimentos pedidos no relatório.

“É uma investigação, então na conclusão é apresentado passos que devem ser seguidos, seja no sentido de que nada restou comprovado das denúncias ou de que há provas, sendo enviado para quem é de direito, como Ministério Público ou Tribunal de Contas”, completou o deputado do PT.
 
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