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Prefeitura emite nota e diz que pontos cortados da paralização não foram objetos de acordo com o Sintep e diz que ação é politiqueira

Movimento de Greve tem caráter nitidamente político e coloca estudantes como reféns de uma situação da qual os mesmos não tem culpa, diz Prefeitura.

Agência da Notícia com Redação- Assessoria Pref. Confresa

29/04/2014 - 09:54 | Atualizada em 29/04/2014 - 11:22

A Prefeitura de Confresa emitiu nesta segunda-feira (28), uma nota de esclarecimento para falar sobre a Greve na Educação do município. De acordo com a Nota emitida pela Prefeitura, o corte dos dias em que os profissionais fizeram a paralização não estava no acordo firmando entre a Prefeitura e o Sintep. “Não fazia parte do acordo que tal corte não seria feito. O SINTEP então oficiou a Prefeitura de Confresa questionando os cortes e ameaçando entrar em greve novamente”, diz trecho da nota.

A Prefeitura também diz que tenta fazer acordos constantemente para tentar evitar que problemas como este ocorram, e que foi avisado ao Sintep que o dinheiro dos dias descontados seriam pagos no próximo pagamento. Como a greve por aumento salarial já foi resolvido e os cortes dos salários também, a Prefeitura de Confresa alega que a greve é ilegal.

Mais de 3.500 alunos da Rede Municipal de Confresa estão sem aulas. A classe ainda não apresentou a proposta de como será feita a reposição salarial e nem de quando as aulas voltam ao normal.

Veja abaixo a integra da Nota, emitida pela Prefeitura de Confresa.

NOTA DE ESCLARECIMENTO: GREVE DA EDUCAÇÃO


1) A Prefeitura de Confresa vem a público esclarecer a toda a população confresense a situação atual da greve da Educação em nosso Município, informando que no último dia 21 de março de 2014, estando os profissionais da Educação do Município de Confresa em greve, requerendo naquela época, aumento salarial para atingir o piso nacional da categoria. Foi promovida uma reunião no Gabinete do prefeito com a presença de representes do SINTEP, vereadores, Prefeito Municipal e sua equipe. Ficou acordado então, em ata devidamente lavrada, que seria concedido o aumento imediato de 12,5%, mais 3% para o mês de outubro de 2014 e mais 7% para fevereiro de 2015, sendo que estes 7% serão calculados sobre o percentual que o Governo Federal conceder, no ato de 2015, como faz anualmente, de aumento do piso salarial nacional, ou seja, não serão apenas os 7% em fevereiro, o montante poderá ser muito maior. O que constou do acordo foi integralmente cumprido, sendo aprovada pela Câmara Municipal a Lei nº 585/2014, que estabelece a concessão dos aumentos em lei;

2) Quando chegou a data do pagamento do salário da categoria, foi feito o corte de pontos referente aos dias da paralização. Não fazia parte do acordo que tal corte não seria feito. O SINTEP então oficiou a Prefeitura de Confresa questionando os cortes e ameaçando entrar em greve novamente.
Como sempre tem sido atitude dessa administração em buscar o melhor relacionamento, possível com seus servidores, foi informado ao SINTEP que os pontos cortados seriam devolvidos no próximo pagamento dos salários, e até então o sindicato sequer havia apresentado o plano de reposição salarial para justificar o recebimento dos pontos. Que fique bem claro, o servidor precisa demonstrar como fará a reposição dos dias que não trabalhou para fazer jus ao recebimento. O que não é admissível é que os alunos fiquem sem suas aulas, como está acontecendo até hoje. O SINTEP, por meio do Oficio nº 0034/SINTEP/2014 afirmou manter o movimento grevista até quando fosse feito o pagamento dos dias parados.

3) Portanto os servidores da Educação não estão em greve por aumento de salário, pois este já foi concedido conforme informado e como bem consta da Lei Municipal nº 585/2014, mas estão em greve porque não concordam com o corte de pontos havido e, mesmo já tendo sido comunicado que a prefeitura fará a devolução dos valores no próximo pagamento, alguns servidores se recusam a voltar ao trabalho, usando a paralização como forma de pressão contra a administração, sem se preocupar com os milhares de alunos que estão sem aula.

4) Sendo o motivo greve o ora informado, fica patentes a ilegalidade do movimento, que provoca enorme prejuízo para os estudantes, os quais sabem que tem direito a educação pública de qualidade, mas também sabem que esta qualidade está ficando comprometida pelas constantes paralizações ocorridas, a para isso basta verificarmos quantos dias os alunos tiveram aula neste ano de 2014.

5) Por fim, nesta evidencio que o movimento tem caráter nitidamente político colocando os estudantes como reféns de uma situação da qual os mesmos não tem qualquer culpa. Frise-se: se o movimento grevista reclama de corte dos pontos e a administração informa que fará o pagamento dos valores no mês subsequente, qual o motivo de não se encerrar a greve? Se o movimento grevista quer determinar a data da devolução, ignorando os tramites administrativos necessários para isso, fica comprovado que a questão não é só o pagamento, mas sim estão fazendo política da categoria.

6) Só para constar, o cronograma de alterações salariais dos Servidores da Educação, teve aumento em 2013/2014 de 38,34% (Fundeb 60%) e 66,23% (Fundeb 40%) profissionalizados, sendo que, a folha de pagamento da educação em menos de um ano passou de um montante de R$ 520.899,17 para R$ 770.000,00, um aumento de mais de 47,821%. Sendo este, mais um motivo para reforçar que a greve tem outros propósitos.


Dessa forma, temos a convicção de que a sociedade saberá analisar devidamente a situação que estamos vivendo, bem como atribuir responsabilidade a quem de direito.
Prefeitura de Confresa, em 28 de abril de 2014

GASPAR DOMIGOS LAZARI
(Prefeito Municipal)
 
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