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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Sem acordo, funcionários da CAB continuam em greve; nova rodada de negociação será 4ª feira

Em nota, “a concessionária enfatiza que o Sindicato deixou de apresentar qualquer contraproposta em relação à encaminhada pela empresa em 01/04/2014

 Sem um acordo que possibilite finalizar o movimento grevista iniciado no último dia 2, os cerca de 630 servidores da Cab Cuiabá, permanecem em greve. Na próxima quarta-feira (7), na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), a partir das 14h, será feita uma nova rodada de negociações e no dia 8, está agendada uma nova rodada no Tribunal Regional do Trabalho. As reinvindicações são para aumentar o vale refeição para R$ 28, o vale alimentação para R$ 300, além do aumento de salários. Hoje, o piso salarial praticado é de R$ 812,77.

“Hoje, eu posso afirmar que 80% do pessoal recebe menos que dois salários mínimos. A reivindicação é justa. A demanda de trabalho e gigantesca e a proposta que nos foi apresentada não consegue suprir nosso desejo”, pontua o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Saneamento de Cuiabá (SINTAESA), Ideveno Fernandes.

O desembargador Edson Bueno do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT) - em pedido formulados pela CAB Ambiental - determinou ao Sindicato a garantia da manutenção em atividade de 50% dos empregados dos setores de reservatórios/boosters, estação elevatória (nos quais estão equipamentos que precisam ficar ligados todo o tempo para evitar falta d'água), nas estações de tratamento (ETA Central, ETA Porto, ETA Tijucal), Centro de Controle Operacional, entre outros. Já nos setores de atendimento/corte (que incluem respostas a solicitações e reclamações); faturamento, leitura e arrecadação em 30% do efetivo.

Em nota, “a concessionária enfatiza que o Sindicato deixou de apresentar qualquer contraproposta em relação à encaminhada pela empresa em 01/04/2014, mantendo assim as reivindicações originais, o que evidencia a postura inflexível na negociação”.

Em outro trecho, a Cab informa que a proposta apresentada pelo Sintaesa está além da realidade praticada no país, com percentual de reajuste salarial de 15%, ou seja, mais de duas vezes sobre o valor da inflação acumulada, além de aumentos do Vale Refeição em 50%; do Vale Alimentação em 423% e do piso salarial em 33,8% (de R$ 812,77 para 1.087,00. A empresa ressalta ainda “que está aberta ao diálogo com o sindicato para que os serviços essenciais (abastecimento e atendimento) à população não sofram qualquer prejuízo. Uma nova reunião negocial foi agendada para a quarta-feira, 7 de maio, no MPT”.
 
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