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Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Operário não usava proteção durante acidente, diz Secopa

Muhammed’Ali Maciel morreu na manhã de quinta-feira (8), na Arena Pantanal

 O operário Muhammed’Ali Dom Paolo Nicholas Poseidon Maciel Afonso, de 32 anos, não usava luvas de proteção no momento em que sofreu a descarga elétrica no corredor 2 do Setor Leste, da Arena Pantanal.

A informação foi dada pelo secretário da Copa (Secopa), Maurício Guimarães, durante coletiva realizada no começo da noite desta quinta-feira (8).

“No momento em que aconteceu a cena [do acidente], ficou caracterizado que ele estava sem as luvas. Mas ele portava os demais equipamentos exigidos. A perícia é quem vai definir o que ocorreu. São situações visuais que, às vezes, não refletem a realidade”, afirmou.

"No momento em que aconteceu a cena [do acidente], ficou caracterizado que ele estava sem as luvas. Mas ele portava os demais equipamentos exigidos." Guimarães foi o único a se pronunciar sobre a morte do trabalhador, uma vez que o diretor administrativo e financeiro da Etel (empresa à qual o operário era ligado), Alexandre Santini, se recusou a conversar com a imprensa.

Santini chegou à Cuiabá no final da tarde, vindo de Campinas (SP), onde a Etel possui sede

A empresa, porém, decidiu apenas emitir uma nota oficial sobre o acidente, onde afirmou que o empregado era dedicado e, "após receber todos os treinamentos e encontrar-se apto para o exercício da função de eletricista, estava dando início a uma nova fase de sua carreira".

“Estamos tomando as providências necessárias para minorar o sofrimento de sua família, fornecendo o apoio moral e material que a situação exige”, diz trecho da nota.

"Se ele era eletricista, se era apto ou não, só a perícia vai dizer. E quando tivermos essas informações, não vamos nos furtar a tomar as medidas que forem necessárias" Segundo Guimarães, a pasta aguarda o final das investigações da Perícia Técnica Oficial (Politec) e da Polícia Civil para averiguar se houve desvio de função, como foi comentado pelo irmão da vítima, Kunte Afonso, logo após o acidente.

“Se ele era eletricista, se era apto ou não, só a perícia vai dizer. E quando tivermos essas informações, não vamos nos furtar a tomar as medidas que forem necessárias, se for caso de negligência ou qualquer outra coisa. Esses assuntos da relação trabalhista deve ser tratado diretamente com a empresa e nós vamos cobrar dela se houver qualquer tipo de irregularidade ou anomalia”, disse.

Fiscalização e perícia

O secretário afirmou que a fiscalização dentro da obra do estádio sempre foi rígida, a fim de evitar acidentes de trabalho como o registrado nesta manhã.

“A fiscalização do trabalhador na obra é feita pela empresa, pelos órgãos de controle externo e pelos fiscais da contratante, pela nossa gerenciadora. O que tudo indica é que foi uma fatalidade. Esse acompanhamento é tão rígido que não tivemos, em quatro anos de obra, nenhum acidente mais grave. Infelizmente, isso aconteceu hoje. Se alguém tiver que ser responsabilizado, será”, afirmou.

De acordo com Guimarães, a cena foi isolada e preservada, tendo sido periciada não apenas pela Politec e pela Polícia Civil, mas também pelo Ministério Público do Trabalho, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego e pelo Sindicato da Construção Civil.
 
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