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Terça-feira, 16 de abril de 2024
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Taques dá prazo para PR deixar base do Governo Silval

Maioria dos aliados do senador é contra a aliança com os republicanos

 O senador Pedro Taques (PDT) deu um "xeque mate" nas pretensões do PR em dar apoio à sua candidatura ao Governo de Mato Grosso.

Uma reunião da base da oposição, realizada no apartamento do senador, na noite de segunda-feira (12), deixou clara a posição contrária da maioria dos dirigentes dos partidos que compõem a base de Taques.

Sem adotar nenhuma posição de resistência, o senador disse que, se quiser fazer parte do arco de aliança da oposição, o PR tem até o dia 26 deste mês para entregar todos os cargos que ocupa hoje no Governo e apresente propostas de Governo.

O grupo que tenta se aproximar de Taques não representaria a maioria e, de acordo com analistas, por conta disso, apenas um terço dos republicanos do PR apoiariam o projeto da oposição.

Os outros dois terços ficariam na base de sustentação do Governo e, por isso, dificilmente iriam aceitar entregar os cargos que ocupam hoje no staff de Silval Barbosa (PMDB).

A presença do PR na base do senador Pedro Taques foi rechaçada pela maioria dos líderes partidários presentes na reunião.

Na medida em que iam chegando para o encontro, as lideranças deixavam claro que a decisão de não aceitar o PR na base de apoio estava tomada e que isso deveria ser homologada na reunião.

"Muito difícil"

O primeiro a se manifestar foi o presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana.

Ele disse não ver viabilidade nenhuma num acordo com o PR, pelo fato de o partido pertencer à base do Governo há 12 anos.
“Fica muito difícil construir um projeto em que o PR se encaixe. Nós temos um projeto claro de oposição ao Governo. Então, como abrigar uma sigla que vem de um projeto diferente, sai da situação de repente para adotar discurso de oposição? Não dá”, disse o deputado.

Para o deputado federal Nilson Leitão, presidente do PSDB, a decisão de recusar o pretenso aliado já havia sido tomada há muito tempo.

“Para mim, esse assunto está encerrado. Não tem mais o que se discutir”, afirmou.

O senador Jayme Campos (DEM), candidato à reeleição, disse que preferia não “fulanizar” a questão e voltou a afirmar que tem potencial eleitoral.

Ao citar a vantagem que possuiria em pesquisas de intenção de votos, deixou claro que, independentemente da decisão, ele levaria avante seu projeto político de disputar a reeleição.

“Disputei e ganhei cinco eleições. Tenho representatividade política em Mato Grosso. Então, não é à toa que as pesquisas me dão uma grande diferença em relação a qualquer pré-candidato ao Senado. Vou esperar para ver o que acontece”, disse.

O prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, líder do PPS no Estado, foi mais comedido e disse que, em caso de aceitar o PR no arco de aliança, Pedro Taques teria de tomar a decisão de se manter como está ou de mudar o discurso, em nome da “governabilidade”.

Ausência

Principal articulador da negociação com o PR, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), não participou do encontro.

O socialista provocou polêmica ao anunciar que a aliança com os republicanos estava praticamente definida.

Além de Pedro Taques, participaram do encontro o deputado Zeca Viana (PDT), prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), deputado federal Júlio Campos (DEM), senador Jayme Campos (DEM), deputado federal Nilson Leitão (PSDB), deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), Aluízio Leite (PV), José Roberto Stopa (PV), ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), deputada estadual Luciane Bezerra (PSB); vereador Lilo Pinheiro (PRP), Victório Galli (PSC), Doutor Edson (SDD) e o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS).
 
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