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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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Presa quadrilha que assaltava em área nobre de Cuiabá

Um das vítimas da quadrilha é o desembargador aposentado Tadeu Cury, no Santa Rosa

 Policiais civis prenderam cinco integrantes de uma quadrilha "especializada" em assaltos a residência, em bairros de classe média de Cuiabá.

Uma das vítimas foi um desembargador aposentado Tadeu Cury, que teve a casa invadida em fevereiro deste ano, no bairro Santa Rosa.

A prisão ocorreu durante a Operação "Marajoara", desencadeada na manhã desta sexta-feira (16), por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos da Capital.

Foram presos Walison Alves Cabral, de 21 anos, Walif Aarão Souto, 20, Mikael Luan Rodrigues Figueiredo Leite, 18, Charles Wender da Silva Stropa, 20, e um adolescente de 17.

Segundo a Polícia, os bandidos são moradores dos bairro Marajoara, Jardim Paula e Água Vermelha, todos de Várzea Grande, de onde saíam para atacar nos bairros de Cuiabá.

Segundo a delegada Elaine Fernandes, responsável pelas investigações, uma das características do bando era ser violento com as vítimas.

As investigações apontam que, além dos roubos, a quadrilha atuava também no tráfico de drogas.

“Para disfarçar e dificultar as investigações, alguns deles costumavam manter trabalho paralelo apenas como disfarce, pois, na verdade, sobrevivem do dinheiro do crime”, disse a delegada.

Ela acrescentou que a quadrilha é composta por, pelo menos oito integrantes, que invadiam residências de Cuiabá e Várzea Grande, geralmente em bairros nobres.
No assalto à casa do desembargador, em fevereiro, três adolescentes integrantes da quadrilha invadiram o local, rendendo dois desembargadores – o dono da casa e um amigo, o também aposentado Mariano Travassos, que foi agredido pelos assaltantes.

A família ficou refém dos bandidos por cerca de 1 hora.

"Os bandidos aproveitaram o exato momento em que o secretário do desembargador entrava na residência com um veículo Vectra e, mediante o emprego de arma de fogo, fizeram a abordagem. Em seguida, entraram na residência armados com revólveres e pistolas e fizeram toda a família de refém", informou a delegada.

Os bandidos fizeram uma verdadeira “limpeza” na casa do desembargador – de onde roubaram três aparelhos de TVs tela grande, vários de celulares Iphone, joias, dinheiro, um revólver 38.

Os bandidos levaram até a central de monitoramento e os controles do portão eletrônico, para dificultar pedido de ajuda por parte das vítimas.

Os criminosos também roubaram o veículo do desembargador, que foi abandonado no Jardim Marajoara, em Várzea Grande.

Sequestro

No esquema criminoso, dois integrantes do bando davam cobertura do lado de fora e repassavam ordens, via celular, aos cúmplices que estavam do lado de dentro.

Uma das ordens era no sentido de que, se não encontrassem dinheiro e nem arma, deveriam sequestrar a mulher do desembargador.

Outros três membros da quadrilha, que não tiveram os nomes divulgados, também estão com mandados de prisão decretados.

A Polícia Civil apurou que eles estavam utilizando os celulares roubados das vítimas que, depois, foram revendidos.

Um dos aparelhos foi apreendidos em poder de um empresário, que alegou ter comprado de "boa-fé". Mesmo assim, ele foi autuado por receptação.

O cabeça

Walison Alves Cabral é considerado um dos líderes da quadrilha, segundo a Polícia Civil.

Na dia do assalto no Santa Rosa, ele ficou do lado de fora da casa do desembargador, dando cobertura aos comparsas e repassando as ordens.

Walif Aarão Souto,já tinha sido preso no dia 18 de fevereiro pela prática de outro roubo, cometido dez dias após o assalto à casa do desembargador.

Mesmo preso, conforme a Polícia, ele continuou se comunicando com os comparsas e repassando as ordens de dentro da Cadeia do Capão Grande, na zona rural de Várzea Grande.

"Mesmo preso, ele continuava praticando roubos", disse a delegada Elaine.
 
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