Mato Grosso

Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Adjunto da Sefaz recebeu R$ 520 mil de alvo da PF

Empresa de Vivaldo Lopes recebeu pelo menos seis transferências em 2010

 O inquérito da Polícia Federal que apura a prática de suposto esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso revela movimentações financeiras entre empresas do investigado Júnior Mendonça (epicentro do escândalo) e o secretário-adjunto de Estado de Fazenda, Vivaldo Lopes.

A PF, por meio de quebra de sigilo bancário, autorizada pela Justiça, detectou pelo menos seis transferências da Amazônia Petróleo Ltda. e da Globo Fomento Ltda., ambas de Mendonça, à Brisa Consultoria e Assessoria, empresa de Vivaldo Lopes.

Juntos, os valores somam R$ 520 mil.

As transações foram feitas por meio de transferência eletrônicas (TED). Os valores saíram de contas do banco Bradesco.

O primeiro depósito, no valor de R$ 100 mil, foi realizado em 6 de janeiro de 2010. No dia seguinte, outra transferência foi feita, no valor de R$ 150 mil.

Em fevereiro do mesmo ano, no dia 3, a Brisa recebeu mais R$ 100 mil.

Dezenove dias depois, outra transferência foi feita, no valor de R$ 75 mil.

Em março de 2010, mais dois depósitos foram feitos pelas empresas de Júnior Mendonça: no dia 9, no valor de R$ 45 mil; e no dia 19, no valor de R$ 50 mil.

Busca e apreensão em fevereiro

Vivaldo Lopes teve seu escritório, no edifício Work Tower, em Cuiabá, alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, em 19 de fevereiro deste ano, na quarta fase da Operação Ararath.
No dia seguinte, em entrevista ao MidiaNews, ele negou que tenha envolvimento no suposto esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Polícia Federal.

O secretário-adjunto disse que é sócio único na empresa Brisa Consultoria e Assessoria.

Na ocasião, ele justificou uma transferência de R$ 75 mil, em 2010, direcionada ao Mixto Esporte Clube, à época, presidido por Eder Moraes.

“A transferência foi feita pela minha empresa, que prestava assessoria à Afam (Amantes do Futebol e Amigos do Mixto) para o clube, que, por sua vez, não possuía conta bancária e utilizou o valor para pagamentos de despesas gerais. Nós esclarecemos isso à Polícia Federal, e eu não neguei o repasse”, disse Lopes.

Ontem (22), ele reiterou seu posicionamento à reportagem.
 
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