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MPF pede alteração do traçado da BR 158 no trecho que corta a área indígena Marãiwatsédé

Inquérito Civil Público visa acompanhar a mudança do traçado da BR 158 no intervalo que passa pela Terra Indígena Marãiwatsédé

Agência da Notícia com Redação

26/05/2014 - 09:33 | Atualizada em 26/05/2014 - 16:01

MPF pede alteração do traçado da BR 158 no trecho que corta a área indígena Marãiwatsédé

Para os Xavante de Marãiwatsédé, a luta pela transferência da BR 158 é imediata

Foto: Reprodução

A portaria 005 de 6 de maio de 2014 do Ministério Publico Federal resolve converter o Processo Administrativo nº 1.20.000.000750/2012-85 em Inquérito Civil Público com o seguinte objeto: “acompanhamento da mudança de traçado da BR 158 no trecho que atravessa a TI Marãiwatsédé para que abranja os Municípios de Bom Jesus do Araguaia, Serra Nova Dourada e Alto Boa Vista”

Para os Xavante de Marãiwatsédé, a luta pela transferência da BR 158 é imediata. O transito dos não índios deliberado pela BR é um dos motivos das reinvasões e dos focos de incêndios constantes no território indígena de Marãiwatsédé.
Marãiwatsédé é um território indígena Xavante, que esta localizado na região nordeste de mato grosso há 965 km de Cuiabá. Os A’uwẽ Uptabi ─ povo verdadeiro, como os Xavante se autodenominam ─ lutaram por mais de quarenta anos pelo direito de voltar para sua terra ancestral, Marãiwatsédé.

E este retorno se deu, não de modo pacifico, mas a partir de uma operação de retomada e devolução da área de 165 mil hectares para o povo Xavante, determinada pelo Supremo Tribunal Federal em outubro de 2012.

A operação de Desintrusão durou cerca de cinco meses, quando em 5 de abril de 2013, no município de São Félix do Araguaia – MT, foi entregue uma carta à comunidade de Marãiwatsédé, em que o governo afirmou o direito e a posse plena da terra pelo povo Xavante.

Desde então, a bandeira levantada pelos Xavante de Marãiwatsédé tem sido a reconstrução do seu território tradicional e a mudança no trajeto da BR 158. Eles desejam ver a mata crescer para proteger o povo verdadeiro.

O Cacique Damião Paridzané frisa a importância do reflorestamento para o dia-a-dia do seu povo “quando o pessoal vai caçar ou pra procurar outra coisa, imbira, se tiver fruta, já tem fruta. Descansar já tem sombra. Tem que pensar no futuro (risos)”.

 
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