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Rosso é a própria ''encarnação'' de Cunha, diz Ságuas ao justificar voto

Deputados em lados opostos, Ságuas Moraes e Nilson Leitão ''juntaram forças'' para eleger Maia

Agência da Notícia com Rd News

15/07/2016 - 08:11

 Divergentes políticos declarados, os deputados federais Nilson Leitão (PSDB) e Ságuas Moraes (PT) “juntaram forças” no segundo turno e ajudaram a eleger o novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A votação foi realizada no final da noite dessa quarta (13). Maia obteve 258 votos, contra 170 de Rogério Rosso (PSD-DF), tido como preferido do Palácio do Planalto e aliado do ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Além do tucano e do petista, votaram no democrata os deputados Fabio Garcia, Adilton Sachetti, (ambos do PSB), Ezequiel Fonseca (PP) e Valtenir Pereira (PMDB). Apenas o deputado Victório Galli (PSC) escolheu Rosso. Já o parlamentar Carlos Bezerra (PMDB) não foi encontrado para opinar o voto.

Os deputados ouvidos pelo foram unânimes em afirmar que a escolha por Maia é em razão de Rosso ser aliado de Cunha. Diante da derrota, o ex-presidente da Câmara perde influência no Congresso para evitar sua cassação, que deverá entrar em pauta na Câmara após o recesso branco, de 15 a 31 deste mês.

Conforme o deputado Ságuas, a bancada do PT liberou os votos da bancada, mas orientou a preferência por Rodrigo Maia. Explica que seguiu o partido em razão de que Rosso é a própria "encarnação" de Cunha. “Estava a serviço de Cunha na Comissão do Impeachment. Manobras que vem acontecendo nos últimos dias, era o Rosso que ajudava”, salienta Ságuas lembrando que o social-democrata presidiu a Comissão do impeachment e foi favorável pela admissibilidade do processo.

Para o petista, o novo presidente terá um mandato voltado ao Congresso Nacional, com intuito de garantir a autonomia dos parlamentares e os interesses do país. “Iremos debater os projetos, colocar em votação. E não atropelar, como fazia Eduardo Cunha”, ressalta.

O deputado da base governista, Valtenir Pereira afirma que o Palácio do Planalto saiu fortalecido nesta eleição, uma vez que ambos os candidatos eram da situação. “Precisávamos desse momento para ganhar estabilidade no Parlamento. O clima é que Michel Temer (presidente interino) está consolidado. Ao efetivar Temer, o Parlamento tem que estar pronto para tirar o Brasil da crise”, salienta o peemedebista que votou contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Embora o DEM faça parte do governo interino Michel Temer (PMDB), ocupando o ministério da Educação, a sigla não aderiu ao bloco “Centrão”, composto por 12 partidos que dão sustentabilidade ao Palácio do Planalto.

O único a votar em Rosso, Victório Galli explica que seguiu apenas a orientação do partido. Diante da derrota, espera que o novo presidente possa dar tranquilidade nos trabalhos. “Temos que priorizar os projetos que vão resolver a questão da economia”, lembra.

Mato Grosso

O deputado Ezequiel Fonseca (PP), ex-líder da bancada de Mato Grosso, lembra que apesar da eleição da Câmara não interferir diretamente para o Estado, a mudança vai trazer tranquilidade nos trabalhos do Congresso. No voto, o progressista, inclusive, não seguiu a orientação da legenda e seguiu com Maia. “Do jeito que estava, as coisas não andavam e os projetos ficavam estagnados”, lembra o deputado referindo-se também à mensagem que trata da renegociação da dívida dos Estados.
 
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