Fazendo um balanço do segundo ano de mandato, o governador Rodrigo Rollemberg afirmou que o governo deve fechar as contas de 2016 com um déficit de R$ 1,5 bilhão – enquanto 2015 teve déficit de R$ 2,5 bilhões. Ou seja, o governo continua gastando mais do que arrecada, mas em menor grau em comparação com o ano passado. Apesar da relativa melhora na economia, não há prazo para fechar as contas no “azul”.
A secretária de Planejamento, Leany Lemos, afirmou que as despesas deste ano reduziram significativamente. “Ano passado, nosso resultado primário [diferença entre receita e arrecadação] foi bastante negativo porque veio carregado, principalmente pelas despesas de pessoal”, afirmou. Segundo ela, o DF está em uma “trajetória positiva” e vai buscar aumentar receitas e cortar gastos para poder fechar 2017 com melhores resultados.
Durante o evento, o governador disse que ainda vai analisar todas as propostas aprovadas pelos deputados distritais na madrugada desta sexta-feira (16), na última sessão do ano. Uma dessas proposta é uma emenda que destinaria pelo menos R$ 208 milhões à Polícia Civil, o que, segundo distritais, permitiria oferecer reajuste aos servidores da corporação.
“Temos que estudar tudo o que veio da Câmara, as alterações no orçamento. Só a partir daí teremos opinião a dar em relação às emendas apresentadas, até porque temos um orçamento muito justo”, afirmou Rollemberg. A proposta de orçamento votado pelos deputados prevê orçamento de R$ 28,7 bilhões – R$ 5,3 bilhões a menos do que o de 2016.
Segundo a secretária Leany Lemos, não se pode falar cortes, e sim “remanejamento”. “Foi reduzido o orçamento em uma secretaria, mas ao mesmo tempo se aumentou em outra”, disse. De acordo com a gestora, o governo vai demorar até o dia 30 para analisar o impacto que essa redução no orçamento deve trazer na prática.
O governador também anunciou a implementação do Bilhete Único para o primeiro semestre de 2017, que permitirá ao usuário do transporte público pagar só uma passagem mesmo que precise usar linhas diferentes. O modo como isso vai funcionar e o impacto no orçamento ainda está em estudo, informou ao G1 a Secretaria de Planejamento.