O governador Silval Barbosa (PMDB) se disse “tranquilo” sobre o fato de ter sido arrolado como testemunha de defesa do ex-secretário Eder Moraes (PMDB) para depor na Justiça Federal, na ação derivada da Operação Ararath.
A Polícia Federal deflagrou a operação para investigar crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, com envolvimento de várias esferas do Poder Público.
O depoimento será entre os dias 24 e 25 de julho. Eder virá do Presídio da Papuda, no Distrito Federal, em uma avião da PF, para acompanhar as audiências em Cuiabá.
"Estou tranquilo e confio nas instituições e no desfecho dessa operação. Confio na minha inocência"
“Estou tranquilo e confio nas instituições e no desfecho dessa operação. Os poderes foram todos envolvidos. Mas eu confio na minha inocência. Não posso detalhar mais porque estou sob sigilo. Passei para meus advogados tudo o que veio para mim e eles vão dizer o que eu tenho que fazer”, disse o governador.
Além de ter sido indicado como testemunha, Silval também é investigado na operação.
Ele chegou a ser detido, após a Polícia Federal encontrar uma arma com registro vencido em sua residência, mas foi liberado, horas depois, sob pagamento de fiança.
O governador é suspeito de ter pegado dinheiro emprestado com instituição financeira clandestina para injetar na sua campanha à reeleição ao Palácio Paiaguás, em 2010.
Em delação premiada, o empresário Júnior Mendonça afirmou que emprestou R$ 4 milhões a Silval, cobrando juros de 3% ao mês, durante a campanha eleitoral de 2010.
O governador teria lhe pedido a quantia de R$ 7 milhões.