Eram 16 minutos do segundo tempo. Foi quando a tensão chegou ao estádio Parque dos Príncipes, em Paris.
Neymar torceu violentamente o pé direito.
Era o melhor em campo, com dribles humilhantes, tabelas, chutes a gol.
Mas não conseguiu.
Sua expressão não era de pura dor.
Mas de desespero.
Caminhou chorando até o banco de reservas do PSG.
Foi direto o vestiário para ser examinado.
Preocupadíssimos com o que viram, os médicos recomendaram partirem imediatamente para um hospital.
E os exames de imagens confirmaram o que todos temiam.
Uma lesão aguda exatamente no quinto metatarso do pé direito.
Osso que foi operado em março de 2018.
E cuja recuperação levou três longos meses.
O afastou da Champions League, do Campeonato Francês.
Além de, como Tite iria confirmar só em 2019, o fez atuar com limitações no fracasso da Seleção na Rússia.
A apreensão é enorme em Paris.
Dentro de três semanas, o clube irá enfrentar o Manchester United pelas oitavas de final da Champions League, maior objetivo da cúpula do PSG. A equipe jamais conquistou o torneio.
A família real qatariana não comprou o jogador mais caro de todos os tempos por 222 milhões de euros, R$ 958 milhões atuais, para não poder escalá-lo duas vezes seguidas em confrontos eliminatórios da Champions.
A imprensa de Paris já critica seriamente o treinador Thomas Tuchel por colocar ontem em campo o fundamental jogador pela insignificante Copa da França. Ou ao menos não tirá-lo da equipe durante o confronto. Ficou uma hora e um minuto atuando.
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Ele sofreu inúmeros pontapés, enfrentou a marcação pesada e violenta do Strasbourg. Reagia com provocações, dribles, os mais humilhantes possíveis. Deu até uma carretilha. Só que tomou um chute por trás e tentou se equilibrar usando apenas o pé direito. Todo os seu peso ficou sobre o metatarso direito.
Foi inevitável o giro sobre o tornozelo, forçando o metatarso.
Foi assim que ele o fraturou na temporada passada.
Há uma séria preocupação não só no PSG.
Também na Seleção Brasileira.
Tite já quis saber da gravidade da contusão.
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O Paris Saint-Germain decidiu publicar uma nota oficial sobre a contusão.
"Os primeiros exames realizados mostram evidências de reativação da dor no local da lesão do quinto metatarso do pé direito. O tratamento dependerá da evolução nos próximos dias. Todas as opções terapêuticas devem ser consideradas", destacou o clube.
Ou seja, até mesmo uma nova cirurgia não está descartada.
O clube não quis confirmar se houve nova fratura, fissura ou se houve deslocamento do parafuso que corrigiu a fratura, na operação do ano passado, que exigiu a colocação de enxerto ósseo para a consolidação.
O próprio PSG deixou claro: reativação da lesão no metatarso.
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Por melhor que seja o prognóstico, não há dúvida.
Neymar tem um ponto fraco: o osso que segura o dedinho do pé direito.
As pancadas seguidas no pé esquerdo exigem a busca do equilibrio justamente onde sofreu a operação.
A tensão no PSG e na Seleção Brasileira não é por acaso.
Ambos têm o mesmo grave problema.