O ex-procurador-geral, Paulo Prado, que teria doado placa
Foto: Alair Ribeiro/MidiaNews
O ex-secretário-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, revelou que uma das placas de computador utilizadas para realizar interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso foi doada à Polícia Militar pelo ex-procurador-geral de Justiça, Paulo Prado.
A informação foi revelada ao juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Militar de Cuiabá, na noite desta terça-feira (16), durante reinterrogatório da ação que apura os crimes militares relativos ao suposto esquema de grampos clandestinos operado em Mato Grosso.
Segundo Lesco, Paulo Prado, à época procurador-geral de Justiça, cedeu a placa à Polícia Militar, que a utilizou no primeiro sistema de escutas ilegais, chamado Wrytron.
"Se a placa não tivesse sido doada pelo procurador Paulo Prado, nós não estaríamos aqui", disse o coronel, sem acusar o ex-chefe do MPE de conivência com o esquema.
Versão de Zaqueu
Já o ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, que também prestou depoimento nesta tarde, afirmou que o sistema Wytron foi criado com duas placas para interceptação telefônica. Uma da Polícia Civil e outra do MPE.
“Eu fui atrás na origem disso. Existiam duas placas, uma era da Polícia Civil e outra do Ministério Público. [...] Esta placa era do Ministério Público. E quando o Guardião foi instalado, essa placa ficou lá. E o [cabo] Gerson me falou depois que essa placa saiu de lá, e um técnico confirmou isso. Então não veio do Rio de Janeiro como falaram”, revelou.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.