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Senador diz que racha no DEM está “estressante” e cobra respeito a biografia dos Campos

Jayme Campos defende direito “líquido e certo” de seu irmão, Júlio Campos, ser candidato a primeiro-suplente na eleição suplementar ao Senado

WELLINGTON SABINO E ALLAN MESQUITA

28/08/2020 - 14:10

Senador diz que racha no DEM está “estressante” e cobra respeito a biografia dos Campos

Foto: Reprodução

O clima é de tensão dentro do DEM que está dividido em dois grupos. Um deles é favorável à coligação com o PSDB para defender a candidatura do ex-deputado federal Nilson Leitão ao Senado. O outro, que tem o governador Mauro Mendes, e o presidente da sigla, Fábio Garcia, não concordam com essa postura encampada pelo senador Jayme Campos e seu irmão Júlio Campos.  

Por sua vez, Jayme mandou o recado que o irmão tem o direito de ser suplente na chapa de Leitão e sua biografia precisa ser respeitada pelos correligionários.  “A tese que o governador tem é de que o ideal seria liberar o partido. Por outro lado, eu, Dilmar Dal Bosco, Júlio Botelho, defendemos a tese de que o partido, na medida que tem uma proposta firme do Nilson Leitão convidando o Júlio para ser suplente, eu acho que é um direito do Júlio Campos também ter essa pretensão”, disse Jayme após a cerimônia de entrega do Residencial Santa Bárbara, em Várzea Grande, nesta sexta-feira.Jayme fez questão de lembrar que, anteriormente, o irmão era pré-candidato a senador quando a disputa estava prevista para o dia 26 de abril, mas foi adiada em virtude da pandemia da Covid-19  e liderava as pesquisas feitas pelo partido com os nomes dos principais pré-candidatos, com 25% das intenções de voto, enquanto o segundo colocado tinha 10%. 

“Ele dava dois por um, não foi eu que fiz a pesquisa, o próprio partido fez, contratou o IGTP e foi a pesquisa que deu dois pra um”, disparou o senador, enfatizando que pela biografia do irmão na política mato-grossense, onde já foi governador de Mato Grosso, senador e deputado federal. “Merece o mínimo de consideração e de respeito”, ressaltou Jayme.   

Após os irmãos Campos terem confirmado publicamente que vão apoiar Nilson Leitão e que Júlio será o 1º suplente, o governador Mauro Mendes concedeu entrevistas afirmando que o posicionamento deles não era “oficial do DEM”. Conforme Mendes, quem vai decidir se a legenda vai coligar e com quem, chama-se diretório estadual do Democratas que tem mais de 70 membros que precisam ser respeitados. 

Nesse ponto, Jayme Campos pondera que os demais pré-candidatos - leia-se Carlos Fávaro (PSD) e Otaviano Pivetta (PDT) -, não ofereceram espaço aos democratas para indicar um integrante nem suas chapas. “Não existe nenhuma proposta do outro candidato, seja qualquer um, oferecendo cargo de suplente para o Júlio”, disse o senador. 

CLIMA DE RACHA

Jayme Campos avisou que o assunto da indefinição e o clima de racha no partido já está “um pouco estressante” e lembrou que a decisão é democrática. "Se não tiver composição de forma consensual só nos resta uma: ir pra convenção. Aquele que obtiver mais votos seja para coligar, ou seja para não coligar, para liberar o partido que for vencedor tem que respeitar a decisão. Isso é uma tomada de decisão clara", avisou. 

O senador garante que essa será a postura dele, do irmão e dos deputados estaduais da sigla, Dilmar Dal Bosco (líder do Governo na Assembleia) e Eduardo Botelho, presidente do Legislativo Estadual. “Mas na convenção acho o direito do Júlio Campos, líquido e certo, por isso acho que o governador, o presidente Fábio Garcia vai entender e vamos buscar um bom termo para que não haja talvez algum ruído em relação à questão partidária” avisa o senador.
 
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