O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio do procurador regional eleitoral Erich Raphael Masson, apontou irregularidades na coligação "Avança Mato Grosso" e pediu para que a candidatura de Euclides Ribeiro (Avante) seja negada. O documento foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na segunda-feira (28).
Na ação de impugnação à candidatura, o MPE apontou que a coligação seria integrada pelos partidos PDT, PROS, Rede, Avante e PSB. Contudo, em documentos oficiais apresentados, haveria desencontros entre as parcerias firmadas por cada legenda.
Além disso, o órgão regulador também apontou que apenas o nome de Euclides Ribeiro apareceria como candidato ao Senado nas atas apresentadas pelos partidos, sendo desconhecidos os nomes dos suplentes Francileide Fontinelle Passos e Ernando Cardoso.
Informações apresentadas pelos partidos e destacadas pelo MPE apontam que as legendas teriam coligado oficialmente de maneira destoante da forma apresentada pela coligação, a saber:
'AVANTE - aprovou coligação apenas com o PROS (sem menção ao PDT, REDE e PSB), embora tenha delegado poderes à Comissão Executiva para outras coligações;
PDT - aprovou coligação apenas com AVANTE e PROS (sem menção ao REDE e PSB), porém delegou poderes para deliberar sobre outras coligações à executiva municipal;
PROS - aprovou coligação apenas com o AVANTE (sem menção ao PDT, REDE e PSB), além disso, os convencionais não realizaram nenhuma espécie de delegação de poderes;
PSB - aprovou coligação com AVANTE, PROS e PDT (sem menção ao REDE) e delegou poderes à executiva estadual;
REDE aprovou coligação com AVANTE, PROS e PDT (sem menção ao PSB), mas delegou poderes à executiva estadual.'
Diante dos apontamentos, o Ministério Público encaminhou pedido de indeferimento do registro da coligação e consequente negativa à candidatura de Euclides Ribeiro.
Por meio de nota, a coligação afirmou que é composta por cinco partidos e que o registro dos candidatos está disponível em todas as atas.
'A coligação Avança Mato Grosso que reúne os partidos PDT, Pros, PSB, Rede e Avante informa que todas as atas de registro dos candidatos da chapa estão legais e dentro do que prevê seus estatutos e suas convenções partidárias', apontou.