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Quinta-feira, 28 de março de 2024
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“Fávaro representa tudo o que um senador não pode ser”

Candidato, José Medeiros diz que congressista interino é “garoto de recados” que “envergonha o Estado”

“Fávaro representa tudo o que um senador não pode ser”

Foto: Reprodução:

O deputado federal José Medeiros (Podemos), que é candidato ao Senado, não poupou críticas à atuação do senador interino Carlos Fávaro (PSD), que tenta a reeleição, afirmando que ele age apenas como um “garoto de recados” dentro do Congresso e finge defender as pautas do agronegócio.

“O que o Fávaro fez lá até agora foi ser um senador gelatina, mussum. Quem já mexeu com isca, sabe [o que é mussm]. É escorregadio, você não pega nem com Bombril”, criticou.

“Ele votou a favor dos bancos, contra o agronegócio, e agora quer dizer que é defensor do agronegócio. Ele representa tudo o que um senador não pode ser, que é um senador de segmento”, disparou o candidato.

Em entrevista ao MidiaNews, o deputado ainda acusou o adversário atuar em Brasília apenas atendendo apenas aos interesses do empresário Eraí Maggi.“Eu quero que produtores grandes fiquem maiores ainda. Eu quero que o Eraí, por exemplo, dobre a produção dele, para gerar ainda mais emprego e riquezas para Mato Grosso. Mas o Eraí não é o agronegócio. Ele é um dos componentes do agronegócio”, pontuou.

“Por maior que seja, ele não pode ter um senador para chamar de seu, um senador de estimação. E é o que o Fávaro é. Ele é um garoto de recados do Eraí, um ‘Eraí boy’. Imagina como apequena um senador de Mato Grosso ser chamado de ‘Eraí boy’ por onde passa”, completou.

Medeiros também afirmou que, por conta dessa ligação com Eraí e pela forma como entrou no Senado – por determinação da Justiça, de forma interina, para ocupar a vaga deixada pela senadora cassada Selma Arruda –, Fávaro tem “autonomia zero” no cargo.

“Temos que ter um senador do tamanho do Estado. Ele não pode apequenar esse mandato. A forma como o Fávaro entrou já foi menor, foi por debaixo da lona. É um senador provisório que envergonha o Estado e o Brasil pela forma como entrou”, criticou.Defesa do agro

Na visão de Medeiros, apesar das críticas de alguns políticos de que o agronegócio manda no Senado, o setor precisa ser propriamente defendido por ser a base de sustentação da economia de Mato Grosso.

No entanto, o deputado criticou os candidatos que levantam a bandeira do segmento e confundem seu papel, esquecendo-se de defender o Estado como um todo, e se apresentou como o maior representante do segmento no Congresso.

“Eu acho que pode ter tido alguém que defendeu igual, mas mais do que eu defendi as pautas do agronegócio na Câmara e no Senado, não tem. Seria uma incoerência eu dizer que defendo o Estado de Mato Grosso, e não defender a principal economia, não defender a facilitação da venda dos nossos produtos, um Estado com um ambiente de negócio amigável para esse setor”, pontuou.

O candidato ressaltou, porém, que se for eleito entrará no Senado com a “boca desatada, sem amarras e sem dono”.

“Quando você tem dono, você fica com a boca atada. Quando você é um fantoche, só faz e fala o que o seu controlador mandar. Todo mundo sabe como sempre me comportei. Posso pecar por excesso, pecar por ação, mas por omissão eu não peco”, afirmou.
 
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