Ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a desembargadora Maria Helena Póvoas, que se inscreveu para a atual disputa do comando do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou que tem o apoio do atual presidente da Corte estadual, Carlos Alberto da Rocha. A eleição para o Judiciário mato-grossemse ocorre em 26 de novembro.
Segundo ela, o atual presidente do TJ está conduzindo o processo eleitoral com parcimônia. “Ele não está ajudando a mim e a nenhum outro candidato. Ele está presidindo o processo eleitoral”, disse a magistrada antes de votar neste domingo (15) para as eleições municipais e suplementar ao Senado. Nos bastidores a informação é de que Maria Helena Póvoas teria entrado na disputa a pedido de Carlos Alberto, que foi impedido de disputar a reeleição pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Maria Helena disse que a sua candidatura é um processo natural, “já que todos almejam chegar ao topo da carreira antes de se aposentar (...) Então, todos nós um dia chegaremos ao topo da carreira”.
Sobre ser a única mulher a disputar o cargo máximo do Tribunal de Justiça, Póvoas disse não saber se isso pesará ao seu favor – hoje o TJ conta com 9 desembargadores -, mas defende que mulheres passem a ocupar cargos de destaque.
“Eu não estou dizendo isso por mim, mas por aquelas que abriram um caminho interessante no Judiciário, quando começaram ingressarem no Judiciário, que durante muitos anos, foi apenas território masculino”, avaliou.
Apesar da disputa que deverá ser acirrada, Maria Helena acredita que, independente do resultado, todos os concorrentes aceitarão o resultado, seja ele qual for. “Não há nenhuma contrapartida do ponto de vista, que a gente vai ficar um mal estar um com o outro por causa do resultado”.
Sem mal-estar
Sobre a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Maria Helena afirma que não ficou nenhum “mal-estar” pelo fato do desembargador Sebastião de Moraes Filho ter ingressado no órgão para anular a mudança regimental que garantia a reeleição do presidente Carlos Alberto.
“Isso é muito comum no cotidiano da gente e absolutamente normal. Legitimo por parte daqueles que foram ao CNJ, enfim, não causou nenhum mal-estar em ninguém”, concluiu.