O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) declarou que vai tomar as devidas providências – administrativas ou judiciais – contra os organizadores do show do DJ Vintage Culture, que provocou aglomeração de pessoas no Parque das Águas no último sábado (19), em Cuiabá. Em entrevista à imprensa nesta terça-feira (22), o chefe do Executivo afirmou que os idealizadores do evento promoveram uma “vergonha” para capital.
“Eu vou ter uma reunião para falar sobre isso e já mandei levantar os processos. Tem que ter um choque de consciência na população, eu vou tomar as providências internas e externas. Pelo amor de Deus, os organizadores dos eventos têm que entender que estamos em uma pandemia”, disse após a “Missa da Esperança”, na Catedral Basílica de Cuiabá.Emanuel falou que o evento se aproveitou da ação da Prefeitura de Cuiabá para arrecadar cestas de natal. Isso porque, o ingresso para assistir ao show custava R$ 300, mas também era obrigatória a doação de um quilo de alimento não perecível, que seria doado para a campanha “Natal Sem Fome”, organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pela primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro.
O evento foi autorizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e Sustentável, junto com a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), responsável por administrar o Parque das Águas.
No entanto, o chefe do Executivo reforçou que o documento liberava a participação de 300 pessoas, das 17h às 23h, com uso de máscara, distanciamento de 1,5m e disponibilização de álcool 70% ao público, o que não foi cumprido durante a 'rave'. “Foi lamentável porque utilizaram ações sociais de humanização da primeira-dama e da Prefeitura para isso”, complementou.
Por fim, Emanuel cobrou consciência da população que ainda insiste em desrespeitar as medidas contenção ao novo coroanvírus. “Pode xingar prefeito, governador, presidente, mas o grande responsável é o cidadão. As pessoas não aguentam mais ficar em casa, respeito. Mas precisam entender que estamos em uma pandemia. É um comportamento pessoal, a política administrativa está no limite. Nós não temos mais o que fazer, agora a consciência é de cada um”, concluiu.